No Paraná, atingidas protestam na Copel contra preços da luz

Desde o início da manhã desta terça-feira (8), Dia Internacional de Lutas das Mulheres, centenas de atingidas por barragens ocupam a frente dos escritórios centrais da Companhia de Energia do […]

Desde o início da manhã desta terça-feira (8), Dia Internacional de Lutas das Mulheres, centenas de atingidas por barragens ocupam a frente dos escritórios centrais da Companhia de Energia do Estado do Paraná (Copel), em protesto contra os abusivos preços da luz.

De acordo com a coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Lunéia dos Santos, nos últimos três anos a tarifa de energia elétrica aumentou mais de 100% no estado. “O governo Richa utiliza a Copel para explorar o povo e beneficiar o sistema financeiro e os acionistas privados da companhia”, afirma Lunéia.

Estes aumentos propiciaram um lucro de 853 milhões de reais para a Copel, incidindo sobre o aumento geral da inflação no Paraná acima da média nacional, penalizando toda a população.

Consequências sobre a vida das mulheres

As mulheres chefiam cerca de 40% das famílias no Brasil e recebem salários 30% inferiores aos homens que ocupam os mesmos cargos. Estas distorções levam a consequências ainda mais graves quando as tarifas aumentam e as empresas estatais atendem os interesses privados.

Associado a isso, as tarefas e a rotina também são afetadas, tendo em vista que o trabalho doméstico depende em grande medida do uso da eletricidade. A substituição do uso da máquina de lava-roupas pela lavagem manual, a não utilização do chuveiro elétrico e de vários outros eletrodomésticos são algumas das situações que ocorrem.

“Neste dia 8 de março, as atingidas por barragens, aliadas com outras organizações, coletivos e setores feministas, como Marcha Mundial de Mulheres, CUT, APP, UBM, Levante Popular da Juventude e Fetraf, estão denunciando os equívocos que a Copel vem cometendo e dando visibilidade para as consequências que o aumento das tarifas causa”, afirma a coordenadora.

O ato no Paraná também se solidariza com as atingidas pela barragem de Mariana (MAB), de propriedade da Samarco (Vale/BHP Billiton).

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