4 mil camponeses da Via Campesina marcham pelas ruas de Porto Alegre
Em continuidade a Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina, mais de 4 mil camponesas e camponeses realizam uma marcha, na manhã desta quarta-feira (11), no centro da capital gaúcha, no […]
Publicado 11/03/2015
Em continuidade a Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina, mais de 4 mil camponesas e camponeses realizam uma marcha, na manhã desta quarta-feira (11), no centro da capital gaúcha, no Rio Grande do Sul.
A caminhada segue do Monumento do Laçador até o centro de capital, onde à tarde estão previstas negociações com o Governador do estado, José Ivo Sartori (PMDB), e várias secretarias estaduais.
A mobilização reivindica a realização da reforma agrária popular, a garantia da soberania alimentar, o reconhecimento dos direitos dos atingidos por barragens e a criação de políticas públicas para a agricultura camponesa.
Dentro do calendário nacional de mobilização, com os movimentos camponeses do estado, nossa perspectiva é reposicionar a reforma agrária na pauta nacional e exigir a construção de um programa de produção de alimentos saudáveis para a alimentação da população brasileira, explica o coordenador nacional da Via Campesina, Cedenir de Oliveira.
Segundo ele, os movimentos a Via Campesina do estado também busca retomada do diálogo com o governo gaúcho, para a continuidade de políticas de políticas públicas conquistadas no governo anterior, que foram paralisadas. Como o Programa Estadual do Plano Camponês.
No início da tarde dessa terça-feira (10), cerca de mil camponesas e camponeses da Via Campesina ocuparam a sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre. A previsão é que permaneçam no local até o final da Jornada de Lutas.
Pauta
Em contraposição ao modelo do agronegócio na agricultura, que destrói o meio ambiente, ameaça à soberania alimentar e a vida da população brasileira, os camponeses defendem como alternativa um projeto de agricultura, baseado na agroecologia para a produção de alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos.
Os camponeses exigem o assentamento de todas as famílias acampadas no país e a desburocratização na liberação dos créditos agrícolas para as famílias assentadas. Somente no RS quase 3 mil famílias permanecem acampadas, à espera de assentamento.
A Jornada também cobra políticas públicas para o fim da violência e a melhoria de vida das mulheres, a suspenção dos projetos das barragens de Garabi, Panambi e Itapiranga no Rio Uruguai. Bem como, um conjunto de políticas públicas para a agricultura camponesa e o desenvolvimento do campo.