Aneel aprova aumento de até 45% nas contas de luz

Com a medida aprovada pelo governo, 800 mil casas terão aumento nas tarifas de energia elétrica, que podem chegar a 45%. Reajustes para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste podem chegar a 70% este ano

Créditos: Joka Madruga

Desde o início deste ano, fica cada vez mais evidente quem pagará a conta da política de austeridade e ajuste fiscal, através da política econômica adotada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy: o povo brasileiro. Nesta terça-feira (03), a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou um reajuste médio ordinário que varia entre 20% e 45% nas tarifas de energia elétrica de 800 mil unidades consumidoras, atendidas por sete distribuidoras de São Paulo, Amapá e Paraíba.

As cinco distribuidoras localizadas em São Paulo – Santa Cruz (CLFSC), Sul Paulista, Leste Paulista, Mococa (CLFM) e Jaguari (CJE) – atendem 45 municípios, dos quais 39 estão localizados no interior paulista, 03 em Minas Gerais e 03 no Paraná. As distribuidoras pertencem ao Grupo CPFL, que tem como principal sócio a construtora Camargo Corrêa.

Para a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), pertencente ao governo do Amapá, o aumento para as residências foi de 21,25%, que vai afetar 190 mil consumidores em 14 municípios.

Para a distribuidora Borborema Distribuidora de Energia S/A (EBO), pertence ao grupo ENERGISA – dono de outras 12 distribuidoras em vários estados – o aumento será de 40,19%, aplicado a 195 mil consumidores em 06 municípios do estado da Paraíba, entre eles Campina Grande.

Além destes reajustes, a Aneel indicou um possível aumento extraordinário de 26% para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, destinadas à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Caso os “reajustes ordinários” das demais 57 distribuidoras sigam a tendência desses primeiros aumentos, a população destas três regiões pode ter sua conta de luz elevada em até 70% nas nos próximos dias.

As bandeiras tarifárias também estão penalizando os consumidores. Desde o primeiro dia deste ano, as contas de energia elétrica vêm acompanhadas com três cores que indicam o nível dos reservatórios no país: verde, amarelo e vermelho.

A cor verde indica um alto nível dos reservatórios e não significa nenhum incremento para o consumidor, a cor amarela indica um nível preocupante e um acréscimo de R$ 15,00/MW, e a cor vermelha indica níveis críticos de água nos reservatórios e R$ 30,00/MW a mais nas contas, o que representa 10% de aumento em média.