MAB apoia as lutas populares e realiza mobilizações em diversas cidades no RS e SC

Liberação de pedágio, trancamento de ponte e marchas marcam mobilizações em diversas cidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Créditos: Rádio Fátima/Vacaria

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), juntamente com os demais movimentos da Via Campesina, Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Sindicato dos Metalúrgicos e outras entidades, sociais e sindicais, estão realizando nesta quinta-feira (27) protestos em diversas cidades dos estados do Rio Grande de Sul e Santa Catarina.

O objetivo principal das mobilizações é se somar às lutas populares que veem ocorrendo em todo o país, além de reivindicar a criação de uma política camponesa de produção de comida para o povo brasileiro e um amplo processo de plebiscito para ouvir a população brasileira em temas como reforma políticas e outros.  

Em Chapecó, no estado de Santa Catarina, cerca de 3000 pessoas da Via Campesina, entidades sociais e sindicais estão reivindicando a redução das passagens de ônibus urbano.

Também no estado catarinense, aproximadamente 300 pessoas trancaram a ponte que liga os municípios de São Carlos e Chapecó, reivindicando a revitalização da rodovia SC – 283.

Já no Rio Grande do Sul, neste momento cerca de 200 pessoas realizam um ato “Passe Livre” no pedágio entre os municípios de Vacaria e Esmeralda, liberando o pagamento para os veículos que circulam na rodovia. Os manifestantes permanecerão com o passe livre até às 17 horas.

Também na tarde de hoje, o MAB e a Via Campesina farão um ato na BR 153, em Erechim (RS) às 14 horas nas proximidades da Frinape. A partir das 18 horas a mobilização segue em marcha até a Praça da Matriz, onde se juntará ao Bloco de Luta Popular da cidade.

As principais reivindicações da pauta são a 1) criação de uma política camponesa de produção de comida para o povo brasileiro; 2) a diminuição das tarifas de ônibus, passagem única e sistema público de transporte; 3) diminuição imediata do preço da luz e gás de cozinha; 4) garantia de investimento de 10% do PIB para educação pública; 5) aplicação de 100% dos royalties do petróleo em educação; 6) saúde pública de qualidade; 7) jornada de trabalho de 40 horas sem redução do salário; 8) reforma agrária já; 9) fortalecimento das universidade públicas em nossa região; 10) fim da violência e dos preconceitos contra à juventude, contra às mulheres, populações afrodescendentes, comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas) e homossexuais.

Os ameaçados por Garabi e Panambi também se somarão à manifestação que acontece às 17:30 horas em Santa Rosa (RS), contra as barragens de Garabi e Panambi  e pela criação de uma política nacional dos direitos dos atingidos por barragens.

Essas atividades fazem parte do conjunto de mobilizações que veem ocorrendo em todo o Brasil desde o início do mês.