Reduzir tarifas e renovar concessões: ainda precisa avançar
Fonte: Radioagencia NP O governo federal publicou uma Medida Provisória, nesta quarta-feira (12), de redução das tarifas de energia elétrica e renovação de concessões às empresas do setor. A redução […]
Publicado 12/09/2012
Fonte: Radioagencia NP
O governo federal publicou uma Medida Provisória, nesta quarta-feira (12), de redução das tarifas de energia elétrica e renovação de concessões às empresas do setor. A redução na conta de luz, que passa a valer no ano que vem, chegará a 16,2% para consumidores residenciais e 28% para as grandes empresas. Já as renovações são para as concessões que vencem entre 2015 e 2017.
Na opinião do integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andreoli, a medida é um avanço, porém o governo privilegia as indústrias e o lucro das empresas de energia, que apesar de públicas, são vistas como privadas.
Nós do MAB estamos avaliando como positivo o fato de ter redução das tarifas, mas extremamente insuficiente em relação do que poderia ser o uso do setor elétrico brasileiro ao povo brasileiro.
O MAB, que se articula na Plataforma Camponesa e Operária de Energia, aprova a renovação de concessões das empresas estatais, ao invés de abrir um leilão em que possa entrar o capital privado direto, ou seja, uma privatização.
Porém, Adreoli critica o governo por não estabelecer um novo marco sobre o trabalho no setor. Segundo ele, a lei 8987/95, que permite a terceirização nas empresas de energia, poderia ter sido alterada neste momento.
O governo não mexeu nisso, então, quer dizer que vai ter mais terceirização no próximo período no setor elétrico brasileiro. O que tem causado várias mortes, tem trazido uma série de consequências do ponto de vista dos salários que é irrisório o pagamento aos terceirizados e nas condições de trabalho.
Apesar de o governo admitir que existe uma dívida com os atingidos por barragens, também não foi criada nenhuma regra para sanar esse problema.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.