MAB e ONU realizam trabalho com as atingidas, em Rondônia
O Movimento dos Atingidos por Barragens, em parceria com a ONU Mulheres (UNIFEM), desenvolve a segunda etapa do projeto que tem como objetivo colaborar com um diagnóstico sobre as principais […]
Publicado 21/03/2012
O Movimento dos Atingidos por Barragens, em parceria com a ONU Mulheres (UNIFEM), desenvolve a segunda etapa do projeto que tem como objetivo colaborar com um diagnóstico sobre as principais violações aos direitos das mulheres atingidas por barragem no estado de Rondônia, além de dar capacitação às atingidas para atuarem como defensoras dos direitos humanos, a fim de combater as violações que vem ocorrendo na região.
Também será feito um levantamento sobre possíveis políticas públicas para as mulheres atingidas. Com a metodologia da pesquisa participativa, elas terão a oportunidade de inserirem-se nas atividades de coletas das informações, debates e primeiras sínteses dos resultados dos questionários aplicados. Vale ressaltar que, com a participação e aconselhamento de uma técnica no tema (referentes às opressões de gênero), as atingidas debaterão sobre as causas que agravaram as violações depois o início das construções das Usinas de Jirau e Santo Antonio. Neste sentido, o projeto subsidiará as atingidas para que intervenham na realidade de intensa violação na região Amazônica, particularmente, pelo complexo do Rio Madeira, disse Creusa Silvestre, militante do MAB.
Esse trabalho está sendo desenvolvido em quatro comunidades na grande Porto Velho, onde o MAB vem construindo um histórico de lutas com as famílias. As comunidades são: Reassentamento Santa Rita, São Carlos, Itapuã do Oeste e no assentamento Joana Darc.
Para Creusa, esse trabalho vem fortalecer o debate que o movimento vem fazendo sobre necessidade de uma política publicas para os atingidos e o fortalecimento das mulheres no movimento. Nesta semana acontecem oficinas com as mulheres nas quatro comunidades envolvidas.