Atingidos se organizam para o 14 de Março em São Paulo

Os atingidos e ameaçados por barragens de São Paulo estão se mobilizando para enfrentar os grandes projetos previstos para o estado. No último dia 17 (sexta-feira passada), os atingidos da […]

Os atingidos e ameaçados por barragens de São Paulo estão se mobilizando para enfrentar os grandes projetos previstos para o estado. No último dia 17 (sexta-feira passada), os atingidos da região do Vale do Ribeira se reuniram em Registro (SP) para discutir e planejar as ações de 14 de Março, o dia Internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida.

Os participantes do encontro discutiram os pontos da pauta do 14 de Março, que são: não às barragens, não à privatização da água e da energia, garantia dos direitos dos atingidos e atingidas, e denúncia dos altos preços da tarifa de energia.

 “Não somos contra o progresso, mas precisamos discutir para quem será esse progresso. Devemos mostrar que é possível repensar esse modelo”, afirmou Aurico Dias da Coordenação do MAB em São Paulo. “Sozinhos não somos nada, mas organizados nos tornamos gigantes e somos ouvidos”, acrescentou.

Débora Aparecida da Silva, que também faz parte da coordenação do Movimento, ressaltou a importância da participação das mulheres nas lutas e mobilizações, inclusive nos grupos de base.

“O MAB denuncia esse modelo energético implantado, onde a população paga uma das tarifas mais caras do mundo, os atingidos perdem suas casas e suas vidas e trabalhadores das obras passam por uma situação de semi-escravidão”, afirmou Louise Lobler, da coordenação estadual do MAB.  “Defendemos outro modelo de sociedade e também um modelo energético voltado às pessoas, justo, igualitário, onde a energia não seja uma mercadoria, pois as empresas pagam menos de 0,5 centavos e a população paga até 0,50 centavos por kW.”

Na avaliação dos militantes do MAB, os participantes da reunião saíram animados e fortalecidos para construir esse 14 de Março e muitos outros que virão.