Depois de quatro dias, Via Campesina desocupa Dnocs e marcha por Fortaleza

Na manhã desta sexta-feira (26/8), cerca de 1.000 camponeses da Via Campesina e Assembléia Popular saíram em marcha do prédio do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), ocupado […]

Na manhã desta sexta-feira (26/8), cerca de 1.000 camponeses da Via Campesina e Assembléia Popular saíram em marcha do prédio do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), ocupado desde terça-feira, em direção à Secretaria Estadual da Fazenda.


Com a marcha, os trabalhadores expuseram para os moradores da capital as bandeiras de lutas dos movimentos do campo e denunciaram o atual modelo econômico e social que viola os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Outro objetivo foi encerrar a ocupação de quatro dias do Dnocs com muito ânimo para os trabalhadores continuarem em luta e fortalecer a Assembléia Popular no estado do Ceará, que ocupou a Caixa Econômica Federal na terça-feira.


Para tatiane Paulino, da coordenação do MAB, se faz necessário que toda a sociedade participe do processo de transformação social através da unificação das forças entre campo e cidade, “pois somente assim será possível construir uma nova sociedade”.


No Ceará, os movimentos denunciam o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a fixação de eólicas sobre dunas e comunidades, a prática da carcinicultura e da especulação imobiliária no litoral, todas ameaças à vida dos povos tradicionais da Zona Costeira.


Os movimentos também exigem a fiscalização do uso de agrotóxicos e o fim da pulverização aérea na Chapada do Apodi, região que vem sendo contaminada devido ao uso intensivo de agrotóxicos pelas empresas de fruticultura, como a Frutacor, conforme já registraram pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Ceará e também pela Faculdade Dom Aureliano Matos.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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