Assembléia Popular obtém conquistas no Ceará

Com a ocupação da Caixa Econômica Federal pelos integrantes da Assembléia Popular do Ceará, na manhã de ontem (23), as famílias organizadas nos movimentos populares urbanos tiveram conquistas expressivas. Ainda […]

Com a ocupação da Caixa Econômica Federal pelos integrantes da Assembléia Popular do Ceará, na manhã de ontem (23), as famílias organizadas nos movimentos populares urbanos tiveram conquistas expressivas.

Ainda ontem foi constituída uma mesa de negociação com a gerência da Caixa Econômica para dar encaminhamentos à pauta de reivindicações. Entre as conquistas está a liberação de recursos destinados à construção de 1200 casas para as famílias. A pressão foi pela liberação destes recursos que já estavam negociados.

Sobre os outros pontos da pauta referentes às tarifas públicas de gás, energia elétrica e transporte, os movimentos e organizações sociais viram a necessidade de aprofundar o debate, já que estão extremamente altas, onerando muito o orçamento das famílias. “Temos que continuar mobilizados para reestatizar a Coelce [a empresa de distribuição de energia elétrica], para baixar o preço do transporte público e do gás, que está um roubo para os pobres”, disse um dos coordenadores da Central dos Movimentos Popular (CMP).

 

Ocupação do Dnocs continua

A ocupação da sede nacional do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) por 1500 trabalhadores da Via Campesina continua. A ocupação segue denunciando o atual modelo agrícola brasileiro que privilegia o agronegócio e a utilização de agrotóxicos, inviabilizando a reforma agrária e a agricultura camponesa.

Os camponeses também denunciam todas as formas de privatização da água, seja com a construção de barragens, que expulsa ribeirinhos e comunidades tradicionais, seja pelo loteamento dos espelhos d´agua para irrigação de fazendas por grandes empresas.

A Via Campesina exige o assentamento de 27 acampamentos estaduais do MST e o reassentamento para mais de 1000 famílias atingidas por barragens, coordenadas pelo MAB, já cadastradas no Incra. Além disso, a ocupação tem como pauta a construção de infra-estruturas sociais nos assentamentos e reassentamentos; a construção de escolas do campo, com cursos técnicos e profissionalizantes; o acesso a cultura com cinemas itinerantes e bibliotecas comunitárias; e capacitação e projetos produtivos para geração de renda para as mulheres.

 

 

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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