SOS Rondônia
Documento
Metadados
Título da Arpillera
SOS Rondônia
Descrição
A peça confeccionada retrata dois períodos que vivenciamos na Amazônia, de um lado a maior seca do Rio Madeira, ocorrida em 2024, quando o rio chegou a 19 centímetros, sendo este um dos maiores rios do Brasil e que forma a bacia amazônica. No outro lado da peça retrata o período da cheia deste ano de 2025, onde o mesmo rio em menos de seis meses chegou a 16,68 metros bem próximo a cota de alagamento, sendo 17 metros. Especialistas alertam para a frequência crescente dessas mudanças, atribuídas ao ciclo hidrológico acelerado e ao Inverno Amazônico. As autoridades buscam soluções emergenciais, mas a população continua lidando com desafios para se adaptar à nova realidade climática. Assim, a energia consome grande parte da renda das famílias, que muitas vezes deixam de comprar alimentos para pagar as contas. Na imagem, está representado um talão de energia gigante e os pratos vazios sobre a mesa.
Regiões
Eixo - Tema
Data
maio 20, 2025
Autoras
Coletivo de Mulheres do MAB de Rondônia
Cartinha
No processo de construção da arpillera SOS Rondônia, entre cheias e secas internacionalizam a denúncia dos extremos da crise climática que nos atinge. No extremo seca há perda de produção e impossibilidade do escoamento e do transporte, e aumentam as grandes distâncias percorridas para ganhar seus sustentos.
Essa peça foi produzida por um grupo de mulheres de quatro comunidades na capital de Porto Velho, atingida pela barragem de Santo Antônio, localizada no Rio Madeira. A barragem causou diversos impactos ambientais e sociais. Estudos indicam que, a elevação dos níveis das águas dos reservatórios das hidrelétricas de Santo Antônio, contribuíram para inundações e erosão das margens do Rio Madeira. Além disso, houve deslocamento de populações ribeirinhas e indígenas, afetando suas condições de vida. Os impactos econômicos também foram significativos, com redução na pesca e na agricultura, atividades essenciais para a subsistência das comunidades locais. A construção da barragem também provocou mudanças no uso do solo e no modo de produção da região, levando peixes nativos a desaparecerem da região. As mulheres que trabalharam nessa peça são ribeirinhas, artesãs, pescadoras, agricultoras e familiares de atingidos.
Fotógrafo/a
Geisy Ellen
Localização
Porto Velho
Exposições
Exposição "Arpilleras para enfrentar o fascismo, a crise climática e avançar nos direitos" - Jornada das Mulheres, Brasília (2025) | Exposição cultural Mulheres atingidas enfrentando a crise climática e bordando direitos- Áustria 2025-2026
Dimensões
60x40 cm
Bloco
Tecendo a Organização
Anexos
-
Foto - SOS Rondônia
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