MAB faz cobranças durante encontro de produtores em Porto Velho (RO)

O Movimento dos Atingidos por Barragens participou do “1º Encontro de Produtores Rurais do Baixo Madeira”, na comunidade de São Carlos, neste sábado (27). Realizado pela prefeitura municipal de Porto Velho, o encontro contou com a presença do governador de Rondônia, Confúcio Moura, do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, e  de órgãos e secretarias de diversas áreas (saúde, energia, água, transporte, agricultura) e de diferentes níveis (municipal, estadual e federal), além de lideranças, organizações e associações da região.

Durante o encontro, o MAB fez propostas e cobranças. O coordenador regional do MAB em São Carlos, Márcio Santana, lembrou os presentes que o movimento havia realizado, em 21 de fevereiro, a Assembléia de Pescadores e Pescadoras do Baixo Madeira, que envolveu a participação de 250 pessoas, provenientes de quatro comunidades da região. Esta atividade definiu uma pauta de reivindicações que foi entregue à Ministra da Pesca, à Secretaria Geral da Presidência da República e em audiência ao governador Confúcio Moura.

“O cascalhamento da estrada Penal é uma ação anunciada pelo governo, mas que ainda não sai do papel. E mais, queremos que ela seja asfaltada”. Márcio comentou também sobre a proposta de instalação de rede de água potável na comunidade. “A água potável é um desejo e uma grande necessidade para as famílias. Mas as famílias não podem pagar por altos custos deste serviço público, nem queremos a CAERDE controlando sua gestão.”

Ao final, o coordenador do MAB alertou as autoridades sobre a violação dos direitos humanos no processo de construção das usinas hidrelétricas no Rio Madeira: “As famílias atingidas pelas usinas de Santo Antônio e Jirau estão sofrendo com violações dos direitos humanos. É preciso que o Estado interfira”, disse.

Ao final do encontro, foram apresentadas iniciativas do poder executivo municipal e estadual para o Baixo Madeira. Respondendo as proposições, Confúcio Moura disse que o cascalhamento será iniciado até agosto e que o controle sobre a gestão da água ainda passará por uma discussão dentro das comunidades.