Morte às margens do rio
Documento
Metadados
Título da Arpillera
Morte às margens do rio
Descrição
A dor da perda para a violência é o tema desta arpillera. Uma mulher chora ao lado do caixão de um parente assassinado. As três cruzes vermelhas simbolizam as vítimas das chacinas que se tornaram frequentes na região de Altamira. A violência contra a mulher também aumentou bastante. Tudo isso é representado à beira do rio Xingu, barrado pela hidrelétrica de Belo Monte. As mulheres que fizeram esta peça denunciam que, com a construção da barragem, Altamira se transformou em um dos municípios mais violentos do país e as principais vítimas são as mulheres e os jovens. Também representaram na arpillera (parte esquerda superior) as casas dos RUCs e uma torneira da qual não sai água, para denunciar que a falta d’água é um problema frequente no reassentamento.
Eixo - Tema
Data
novembro 26, 2018
Autoras
Mulheres Atingidas do RUC Jatobá
Cartinha
Somos do coletivo de mulheres do MAB reassentadas no RUC Jatobá, viemos aqui relatar a violação dos nossos direitos. Desde que a barragem de Belo Monte foi instalada na nossa região, vivemos graves violências, esta arpilleira que produzimos coletivamente retrata o que vivemos durante o processo da construção da barragem, e o que vivemos até hoje após barragem, onde moramos falta muita coisa para ser o desenvolvimento que tanto foi prometido, não tem agua nos reassentamentos urbanos coletivos, que foram construídos pela empresa Norte Energia, pagamos a energia muito cara, e para acabar de completar estão matando nossos filhos e estão nos matando, é rotineiro ligar a TV local e ver mais um assassinato de um jovem e de uma mulher. Não aguentamos mais ver isso, nosso rio manchado de sangue o sangue de nossos filhos e sofrimento das mães do Xingu, portanto denunciamos a crueldade que a barragem fez conosco.
Gritamos por justiça!
Fotógrafo/a
Edizângela Barros
Localização
Altamira/PA
Dimensões
47x45 cm
Bloco
Tecendo a Organização
Anexos
-
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