Atingidos por Barragens Ocupando a Universidade em MG
Durante os dias 05 e 06 de agosto, o Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB realizou ações na Moradia Universitária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. No […]
Publicado 12/08/2019
Durante os dias 05 e 06 de agosto, o Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB realizou ações na Moradia Universitária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. No primeiro dia foi realizado um serão (palestra cultural), tendo como foco a história do MAB e a iniciativa do Projeto de Desenvolvimento Veredas Sol e Lares, usina para produção de energia solar que abastecerá famílias atingidas pelo atual modelo energético no Vale do Jequitinhonha e região do Rio Pardo.
No segundo dia, os presentes fizeram um debate sobre o espaço da mulher no MAB e na sociedade tendo como eixo central a história de luta das mulheres atingidas por barragens. No final da noite, aconteceu a exibição do filme Arpilleras, atingidas por Barragens Bordando a Resistência. O longa-metragem foi produzido pelo MAB e conta a história de cinco mulheres que através da técnica de bordado arpilleras denunciam a perda de direitos.
As atividades foram viabilizadas pela Licenciatura em Educação do Campo da UFMG, curso em modalidade de alternância que, além de inovar na maneira de ver e fazer educação do povo camponês, conta com um grande histórico de luta para assegurar sua permanência na universidade. Segundo a professora coordenadora do curso, Maria de Fátima Almeida Martins, os movimentos sociais são importantes para a construção de um projeto popular para o povo do campo e identificar-se como atingido pelo modelo do capital, é essencial.
O MAB agradece o espaço cedido e assegura que as universidades precisam dialogar e ter vivências com o povo para compreender a frágil realidade brasileira que enfrentamos.
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