Moradores das cidades afetadas por rompimento da barragem do Quati buscam reconhecimento enquanto atingidos

Rompimento da barragem do Quati, em Pedro Alexandre (BA), causa estado de emergência e calamidade pública

Foto: Divulgação / GOVBA

Seis dias após o rompimento da barragem do Quati, no município de Pedro Alexandre (BA), perto da divisa com Sergipe, os atingidos seguem preocupados com a situação de outras barragens da região: Lagoa Grande, Ponta da Serra e Serra Torre – que ficam no nível acima da cidade. 

Na quinta-feira (11), com as fortes chuvas, duas barragens de acumulação de água foram danificadas, Serra Verde e Rompe Gibão, provocando o rompimento da barragem do Quati, que alagou comunidades próximas. Por conta disso, os municípios Pedro Alexandre e Coronel João Sá decretaram estado de emergência e calamidade pública. 

O Movimento dos Atingidos por Barragens está junto aos atingidos nas duas cidades afetadas; participou de uma reunião com os órgãos públicos ligados ao tema para tratar da ajuda humanitária emergencial, e montou uma proposta de planejamento para a realização do cadastramento dos atingidos.  Ainda há preocupação com a falta de informações sobre as comunidades rurais: Quati, Boa Sorte, Lotero, Angico e Trapirá, que ficaram isoladas por conta de trechos prejudicados nas estradas; segundo estimativas levantadas junto aos atingidos, cerca de 90 famílias permanecem nestes locais.

Em Coronel João Sá, o MAB conversou com atingidos que estão alojados na sede da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB). Na cidade, o movimento encontrou muitos atingidos em situação de vulnerabilidade, que necessitam de acompanhamento psicológico, alguns apresentam sintomas como coceiras e diarreia.

Segundo a prefeitura, mais de 14 mil pessoas foram atingidas, mais de 2 mil permanecem desalojadas. Sobre os estragos materiais, além de eletrodomésticos e móveis, até o momento, 80 famílias tiveram imóveis com a estrutura danificada, destas, 32 casas foram derrubadas totalmente com a força da água – o número ainda deve subir, pois a Defesa Civil continua com os trabalhos de averiguação.

O MAB continua em solidariedade e auxiliando no processo de organização dos atingidos baianos, o movimento pondera que é necessário que os atingidos estejam dentro dos espaços de decisão com relação aos primeiros atendimentos e futuramente no processo de reparação.

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