Atingidos pela barragem do Quati, na Bahia, temem novos rompimentos

Cinco dias após o rompimento da barragem do Quati, no município de Pedro Alexandre, perto da divisa com Sergipe

Foto: Gabrielle Sodré / MAB

Cinco dias após o rompimento da barragem do Quati, no município de Pedro Alexandre, perto da divisa com Sergipe, os atingidos seguem preocupados com novos danos em outras barragens da região: Lagoa Grande, Ponta da Serra e Serra Torre – que ficam no nível acima da cidade. 

Na quinta-feira (11), com as fortes chuvas, outras duas barragens de acumulação de água se romperam causando alagamentos: Serra Verde e Ronco Gibão. Por conta disso, os municípios Pedro Alexandre e Coronel João Sá decretaram estado de emergência e calamidade pública. 

O Movimento dos Atingidos por Barragens está junto aos atingidos nas duas cidades afetadas; participou de uma reunião com os órgãos públicos ligados ao tema para tratar da ajuda humanitária emergencial, e montou um planejamento para a realização do cadastramento dos atingidos na Defesa Civil, que ainda não mostrou organização para o trabalho. Mesmo com os atingidos à disposição para auxiliar no cadastro, não houve resposta para a demanda. 

 

Foto: Gabrielle Sodré / MAB

Ainda há preocupação com a falta de informações sobre as comunidades rurais que ficaram isoladas por conta de trechos prejudicados nas estradas: Quati, Boa Sorte, Lotero, Angico e Trapirá. 

Em Coronel João Sá, o MAB conversou com atingidos que estão alojados no Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia. Na cidade, o movimento encontrou muitos atingidos em situação de vulnerabilidade, que necessitam de acompanhamento psicológico, alguns apresentam sintomas como coceiras e diarreia. Segundo a prefeitura, mais de 14 mil pessoas foram atingidas, 2.400 permanecem desalojadas. Sobre os estragos materiais, já foram contabilizadas 32 casas derrubadas ou com a estrutura comprometida, o número pode subir, pois a Defesa Civil continua realizando averiguações porque há ruas ainda alagadas. 

O MAB continua em solidariedade e auxiliando no processo de organização dos atingidos baianos, o movimento pondera que é necessário que os atingidos estejam dentro dos espaços de decisão com relação aos primeiros atendimentos e futuramente no processo de reparação. 

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