MAB em marcha em defesa das águas do semiárido

Atingidos do Semiárido Mineiro ocupam a BR 251 em protesto às monoculturas e o projeto de “desenvolvimento” em curso na região, que degrada os mananciais e causa inúmeros conflitos fundiários […]

Atingidos do Semiárido Mineiro ocupam a BR 251 em protesto às monoculturas e o projeto de “desenvolvimento” em curso na região, que degrada os mananciais e causa inúmeros conflitos fundiários com os camponeses e populações tradicionais. Atividades regionais fazem parte do início do Fórum Alternativo Mundial das Águas (FAMA), que acontece em Brasília, entre os dias 17 e 22 de março.

Cerca de 300 atingidos da bacia do rio Jequitinhonha e Alto Rio Pardo, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), denunciam a expansão das monoculturas de eucalipto, mineração e termoelétrica. Além das violações de direitos humanos causados por grandes empresas que se instalam na região e agravam a situação de vulnerabilidade social nas comunidades.

“Com a falsa promessa de trazer empregos e desenvolvimento para a região, há décadas o seminário vem sofrendo com estes projetos de “desenvolvimento” pautado em garantir o lucro das empresas à custa da qualidade de vida do povo e do Cerrado, e assim acabando com as águas dos gerais”, denuncia representante do MAB na região.

Entre as demandas da população está a suspensão imediata na SUPRAM dos licenciamentos ambientais em curso que degradam o cerrado e a vida do povo no semiárido (TermoIrapé, Mineração de ferro da SAM), mineração de Litio em Araçuaí. Assim como o fim da expansão das áreas de plantio das monoculturas de eucalipto no semiárido mineiro e a grilagem de terras.

Os atingidos cobram do governo estadual a regularização fundiária e demarcação do Território Geraizeiro de Vale das Cancelas. E também a aprovação do projeto de lei 3312/2016 – Política Estadual dos Atingidos por Barragens (PEAB), que está parado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para garantia do direito dos atingidos por barragens e grandes obras no estado.

Por fim, exigem políticas públicas de abastecimento de água e energia para as comunidades atingidas por barragens, como forma de compensação dos passivos sociais causados pelas empresas.

Os atingidos e atingidas por barragens, em Minas Gerais, organizados no MAB, vão para o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) denunciar a falta de acesso a água de várias comunidades sofrem e o descaso de grandes empresas internacionais. “O FAMA traz para a população brasileira o debate sobre o quanto grandes corporações internacionais utilizam de nossa água com abuso e descaso. E, principalmente, o quanto precisamos combater essas práticas no nosso País, além de defender nossas riquezas”, ressalta representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

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