No oeste da Bahia, agricultores usufruem de tecnologias socias

Através de projetos de agroecologia, atingidos mostram outra faceta de produção na região que sofre com conflitos pela água

Foto: arquivo MAB

Em meio à disputa pela água, travada no último período na região de Correntina, oeste da Bahia, projetos de agroecologia tem se destacado como alternativa sustentável de produção.

O Programa de Promoção da Soberania Alimentar em regiões atingidas por barragens através da Tecnologia Social PAIS e Placa Solar de aquecimento de Água, implementado pelo Apema em parceria com a Fundação Banco do Brasil e o BNDES é um bom exemplo da forma consciente na qual os pequenos produtores vêm trabalhando na região.

Segundo Danilo Moreira e Silva, técnico do PAIS, o projeto, que teve início no início de 2016 envolve de forma bastante positiva as famílias da região.

“Atualmente, temos mais de 50 famílias cadastradas, atuando nas cidades de Cocos, Correntina e Santa Maria, envolvendo indiretamente centenas de outras famílias que passam a consumir produtos agroecológicos, livre de agrotóxicos. Nossa ideia agora é expandir mais”, afirma Danilo.

Para ele, a agroecologia, é mais do que uma técnica. “Pra nós a agroecologia também é uma ferramenta política essencial, que envolve e conscientiza as comunidades”, afirma.

Formação teórica e pratica

No decorrer do projeto as famílias recebem assistência técnica e participam de formação teórica e técnica. No dia 17 de agosto agricultores de Santa Maria da Vitória, Correntina e Cocos participaram de um dia de campo sobre Horticultura Orgânica na comunidade Jenipapo.

O dia de campo se deu em duas etapas: Introdução à horticultura orgânica, adubação orgânica, adubação verde, rotação de culturas, produção de mudas, cobertura morta/seca, manejo das ervas daninhas, irrigação, controle de pragas e doenças.

Após a formação teórica os agricultores fizeram um bio fertilizantes, calda bordalesa, e um composto e explicamos como funciona e pra que serve. 

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