Atingidos saem às ruas para derrotar projeto golpista

A Greve Geral, planejada para esta sexta-feira (28), pretende paralisar fábricas e realizar manifestações em todos os cantos do país

Nesta sexta-feira (28), milhões de brasileiros saem às ruas contra as propostas das reformas trabalhista e previdenciária. Um mês e meio após a última paralisação nacional, que ocorreu no dia 15 de março, as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular se mobilizam em todo o país na Greve Geral.

Como integrante da FBP, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participará em todos os 18 estados em que está organizado. De acordo com a integrante da coordenação nacional, Liciane Andrioli, este momento é essencial para fazer a disputa de consciência dentro da classe trabalhadora.

“Caiu a ficha de muita gente sobre as motivações da retirada da Dilma da presidência da república. Mesmo os que eram mais reticentes em relação ao golpe, ou até mesmo aqueles que apoiaram, hoje já conseguem enxergar que todo esse teatro ‘anticorrupção’ tinha como único interesse aumentar o lucro dos empresários”, afirma Andrioli.

Foto: Leandro Taques

Na prática, as reformas colocam fim à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e à aposentadoria para milhões de brasileiros. Entre as propostas da reforma trabalhista, por exemplo, consta o aumento de 8 para 12 horas a jornada de trabalho diária e a divisão das férias em até três períodos.

Já na proposta de desmonte da previdência, os trabalhadores rurais serão obrigados a realizar a contribuição mensal, o que não ocorre na legislação atual. Além disso, a reforma prevê o aumento da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres do campo, ainda não fixada.

“Este é o momento de escancarar os motivos e derrotar de uma vez por todas esse projeto golpista”, afirma Andrioli. De acordo com a militante, uma brigada formada por diversos movimentos populares já está trabalhando na divulgação e agitação da Greve Geral, nos metrôs e praças públicas de São Paulo.