No Baixo Iguaçu, atingidos denunciam prejuízo de 30% em indenizações.
Governo do Estado do Paraná reconhece em documento oficial que o valor das indenizações estão abaixo do valor de mercado. No dia 4 […]
Publicado 17/05/2016
Governo do Estado do Paraná reconhece em documento oficial que o valor das indenizações estão abaixo do valor de mercado.
No dia 4 de abril deste ano, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) do Estado do Paraná emitiu um documento que reconhece o direito dos atingidos pela barragem da UHE Baixo Iguaçu de terem um valor maior das indenizações de suas terras.
A empresa se utiliza de normas e estabelece critérios que desajustam o preço das terras. Consideram Setembro de 2013, quando foram feito os primeiros levantamentos, como base de cálculo para o preço dos alqueires. Com isso, a empresa ignora os reajustes que devem ser feitos de acordo com a inflação até 2016.
No Estado do Paraná a pesquisa de preços de terras agrícolas existente, é realizada anualmente, servindo como preço médio para cada um dos municípios pesquisados.
A variação no período de 01/10/2013 a 02/02/2016 registradas pelos índices IPCA, Caderneta de poupança e a Variação Média do Preço da Terra Agrícola faz com que o valor do alqueire aumente em até 30 %.
De acordo com o documento da SEAB, assinado pela engenheira Agrônoma Adriana Baumel, o valor do alqueire salta de R$ 72. 727,18 (2013) para, em média, R$ 90.030.35 após que os reajustes necessários sejam aplicados.
Os atingidos não aceitam essa desvalorização de suas terras e exigem que o valor seja corrigido.
Hoje (17), na Assembleia Legislativa do Paraná, haverá uma reunião de uma comissão de atingidos com parlamentares, defensoria pública do Estado e ministério público para apontar respostas concretas para a pauta dos atingidos, como o preço das terras e o reassentamento.
Confira o documento na íntegra: