Atingidas do Vale do Jequitinhonha (MG) participarão de formação sobre direitos humanos e desafios no território

Ao todo 16 municípios serão contemplados com a formação que contará com uma exposição artística no final

A arpillera é uma técnica de bordado utilizada pelas mulheres do MAB para denunciar violações de direitos humanos. Foto: Arquivo MAB

No próximo período, mulheres atingidas por barragens e empreendimentos minerários do Vale do Jequitinhonha participarão de uma formação sobre direitos humanos para debater as violações que vivem em seus territórios. O evento, promovido através da parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento de Minas Gerais e a Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (ANAB) tem o propósito de garantir a identificação e levantamento sobre os problemas enfrentados pelas mulheres e proporcionar trocas de experiências e conhecimento referente às questões dos seus direitos enquanto atingidas.

Ao todo, o projeto irá contemplar 16 municípios, incluindo Coronel Murta, Jacinto, Francisco Badaró, Ouro Fino, além dos Povos Aranãs, dentre outros territórios. A primeira etapa da iniciativa é a visita às comunidades mapeadas, para que seja desenvolvida uma metodologia de formação adequada ao território a partir do diálogo com os moradores.

Arpilleras

Além da formação política, durante os encontros, as mulheres também irão participar de oficinas de bordado para a confecção de arpilleras. A técnica chilena usa tecidos e linhas para denunciar violações de direitos humanos. Ao final das oficinas e formação, as participantes organizarão uma exposição com os bordados produzidos.

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