Militantes das Brigadas de Agitação e Propaganda Lula Presidente da capital paulista finalizaram campanha em ato unificado com diferentes frentes e organizações sociais em sábado pré-eleição
Publicado 30/10/2022 - Atualizado 30/10/2022
No sábado, 29, os candidatos à presidência, Lula e Geraldo Alckmin (vice), e ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, levaram o povo para a Avenida Paulista durante Caminhada da Vitória. O ato reuniu organizações populares e sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e as Brigadas de Agitação e Propaganda Lula Presidente.
Os candidatos estavam acompanhados do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e a senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB).
A caminhada foi embalada pela bateria da escola de base da Vai-Vai com o samba “Enredo da Esperança” em um desfile que destacou símbolos da democracia e temas relevantes para o país, como trabalho, saúde, educação, meio ambiente e direitos humanos. O ato começou às 14h, com concentração no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), de onde os participantes seguiram para a Praça Roosevelt.
Para Liciane Andreoli, coordenadora do MAB, a caminhada deste sábado foi o retrato de uma campanha que levou o debate para as ruas de forma democrática e decisiva para a vitória do presidente Lula neste domingo.
“As brigadas de agitação e propaganda tiveram um papel fundamental na campanha eleitoral. Elas foram organizadas em todo o país e promoveram um amplo debate com a sociedade brasileira em defesa da democracia, em defesa dos direitos da classe trabalhadora e em defesa da soberania do país”.
A militante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Daniela Fidelis, moradora do Parque Residencial Bambi, de Guarulhos (SP), afirma que estar nas ruas nesse momento da história do país é essencial.
“É importante estar aqui hoje para mostrar para o mundo inteiro que a gente quer mudança. A gente quer a democracia de volta. No tempo do Lula, a gente tinha comida na mesa. Hoje, não dá pra comprar nem ovo. E eu quero mais. Eu tenho dois filhos e eu quero que eles entrem na faculdade. Eu tenho uma cunhada que fez Prouni e hoje é coordenadora de uma escola. É isso que quero para os meus filhos. Eu quero que todos os brasileiros tenham a chance de entrar na universidade, especialmente os negros”.
Liciane explica que esses temas – segurança alimentar, energia e educação – foram discutidos na casa das famílias brasileiras durante toda a campanha. Os militantes das brigadas foram de porta em porta, nas periferias e nos centros das cidades e nas comunidades rurais para debater sobre a importância de eleger Lula presidente e defender governadores progressistas que apoiem a classe trabalhadora.” A coordenadora ressalta que durante de plenárias, atos e visitas às casas da população também se discutiu o porquê dos altos preços da conta de energia, dos alimentos e dos combustíveis no país.
Ao todo, cerca de três mil militantes estão atuando há três meses em 25 estados do país organizados nas Brigadas coordenadas pelo MAB junto a diferentes organizações: Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Movimento Camponês Popular (MCP) e União Nacional de Moradia Popular (UNM).