Maior floresta tropical do mundo está sob risco na gestão Bolsonaro: entenda em 5 pontos

05 de setembro é Dia da Amazônia: floresta está sendo destruída em ritmo acelerado desde início do governo Bolsonaro

Reserva Legal em Tapurah (MT). Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

1 – Desmatamento na Amazônia cresceu quase 57% no governo atual, diz Ipam

Um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia ( Ipam ) informou que, desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), houve uma explosão de desmatamento em terras públicas federais na Amazônia, chegando a um patamar alarmante. Segundo o instituto, a média anual de devastação da Floresta Amazônica foi 56,6% maior, de 2019 a 2021, em relação ao período anterior ao governo Bolsonaro, de 2016 a 2018. Uma tendência de crescimento nessa taxa já era observada e períodos eleitorais tendem a registrar maior destruição.

2 – Enfraquecimento de órgãos de fiscalização

Governo federal assinou 57 atos acabando com estruturas de proteção ambiental no Brasil, seja por meio da restrição da atuação de órgãos fiscalizadores, seja permitindo o desmatamento em áreas de proteção permanente (APP).

3 – Falta de punição a crimes ambientais

No governo Bolsonaro, 93% das multas por crimes ambientais na Amazônia deixaram de ser pagas. Levantamento do MAPBiomas, rede colaborativa de ONGs e universidades, mostra que quase 98% dos alertas de desmatamento no Brasil desde janeiro de 2019 não possuem registro de ação de fiscalização ou autorização. Os dados fazem parte do Monitor da Fiscalização do Desmatamento, iniciativa que analisou as informações oficiais disponibilizadas pelo próprio governo federal.

4 – Boicote aos programas de preservação ambiental

O Fundo Amazônia, que capta doações para projetos de preservação e fiscalização do bioma, tem cerca de R$ 2,9 bilhões parados e está sem atividade desde 2019, aponta a rede Observatório do Clima.

Diante da repercussão da paralisação do Fundo, Bolsonaro afirmou quenão precisa de recursos internacionais para combater o desmatamento na Amazônia. Enquanto isso, multiplicam-se denúncias sobre falta de equipe nos órgãos de fiscalização, nomeações políticas sem capacidade técnica e mensagens de autoridades do Poder Executivo que deslegitimam o trabalho do Ibama na fiscalização e incentivam a prática de atos ilegais, ampliando o desmatamento e a violência na região.

5 – Estímulo a ataques contra terras indígenas

O discurso de ódio contra populações tradicionais e a defesa da exploração de terras indígenas por parte de Bolsonaro está provocando a devastação de áreas já demarcadas: 1.255 km² de terras indígenas foram destruídas sob o atual governo

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