NOTA | MAB manifesta solidariedade aos atingidos pelas enchentes e deslizamentos em São Paulo

Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) reivindica que o poder público atenda as demandas urgentes dos atingidos por enchentes e barragens e providencie um plano de segurança e de reparação integral dos danos causados

Alagamento na Rua Agreste de Itabaiana, na Vila União, zona leste de São Paulo. Foto:  Gero Rodrigues /ESTADÃO CONTEÚDO
Alagamento na Rua Agreste de Itabaiana, na Vila União, zona leste de São Paulo. Foto: Gero Rodrigues /ESTADÃO CONTEÚDO

Nos últimos dias, o estado de São Paulo foi palco de inúmeros pontos de enchentes e deslizamentos. As fortes chuvas e a precária infraestrutura oferecida à população por parte do governo provocaram mais uma vez um quadro grave de violações contra a vida dos atingidos.

Até hoje, 01 de fevereiro, foram contabilizadas 24 mortes e mais de 600 desabrigados em todo o estado em decorrência dos alagamentos. Além disso, as enchentes e deslizamentos geram inúmeras perdas, incluindo moradias, móveis, documentos, eletrodomésticos, alimentos e mercadorias. Também inviabilizam o transporte e a comunicação nos bairros afetados, geram riscos à saúde física e fortes impactos à saúde mental dos atingidos.

Um agravante a essa situação é a ameaça da abertura das comportas da barragem de Paiva Castro, que compõe o conjunto de barragens do Sistema Cantareira, para evitar um suposto rompimento da estrutura. A abertura aumentaria as enchentes na cidade de Franco da Rocha e região. Também há riscos de abertura das comportas de Salto Grande, em Americana (SP), que atingiria de forma notável a população da região de Piracicaba (SP). Dessa forma, são inúmeras as famílias que sofreriam ainda mais com as enchentes.

A situação é recorrente, na estação chuvosa de cada ano, sem a efetivação de uma política de segurança dos atingidos pelas barragens e enchentes ou um plano de reparação de danos para os mesmos. Cabe destacar que, segundo os dados da execução orçamentária do estado, entre 2011 e 2021, o governo Dória não utilizou todos os recursos disponíveis para o combate aos efeitos das enchentes e melhoramentos na infraestrutura hídrica, sendo que, em três desses anos, o gasto ficou abaixo da metade da disponibilidade orçamentária.

Dessa forma, o MAB se solidariza com toda a população atingida pelas enchentes, exige imediata assistência por parte dos governos estaduais e municipais às famílias atingidas, assim como um plano claro de segurança que permita aos moradores das áreas afetadas viver em condições dignas de moradia, saúde, segurança. O Movimento também reivindica a reparação integral e digna dos danos causados aos atingidos para a reconstrução da vida das famílias, das comunidades, bairros e municípios afetados.

Águas para a vida, não para a morte!

Atingidos em defesa da vida: basta de enchentes!

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