NOTA À IMPRENSA | Atingidos do Rio Doce pedem respeito ao CNJ
Em nota, lideranças afirmam que decisão do Conselho Nacional de Justiça de adiar audiência pública sobre repactuação na Bacia do Rio Doce reduz ainda mais a participação dos atingidos no processo de reparação do crime
Publicado 24/11/2021 - Atualizado 24/11/2021
Desde o início, denunciamos que reuniões online não são participação, mas havia um compromisso assumido pelo Poder Judiciário de que, no mínimo, este espaço haveria para falarmos de nossa situação. Agora, o que já era virtual e limitado perde sua razão. Não faz sentido fazer esta audiência ano que vem se a 12ª Vara Federal decide o que quer ignorando a pauta de discussão e depois que as reuniões em portas fechadas já “resolveram” tudo.
Repudiamos este processo. Ele não nos representa. Queremos respeito do CNJ, das empresas e dos governos. Queremos participar decidindo os rumos do processo, tendo informações independentes e condições objetivas para acompanhar. De outra forma, não aceitamos sermos usados para algo que não aponta para a reparação integral, mas para interesses eleitorais e do lucro das mineradoras.
Esperamos que as instituições de justiça repudiem igualmente este adiamento, bem como toda esta forma de negociação sem participação dos atingidos e atingidas.
Assinam a Nota:
Comissão dos Atingidos e Atingidas de Barra Longa
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura Familiar de Periquito
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Associação de Pescadores de Conselheiro Pena – ASPEC
Comissão dos Atingidos e Atingidas de Conselheiro Pena
Associação Beira Rio Sustentável – Conselheiro Pena
Comissão Municipal de Atingidos de Colatina/ES
Comissões de Atingidos e Atingidas de 21 bairros organizados em Governador Valadares
Comissão dos Atingidos e Atingidas de Sem Peixe
Fórum Permanente em Defesa do Rio Doce
Colônia de Pescadores Z43 Conselheiro Pena e região