Observatório Rio Doce realiza primeira plenária sobre o processo de repactuação
Atingidos e entidades parceiras debatem críticas e propostas para o novo acordo que avança sem transparência e sem a participação das pessoas e comunidades atingidas
Publicado 26/07/2021 - Atualizado 26/07/2021
Acontece nesta terça-feira, 27 de julho, às 18:30h, pelas redes sociais da Justiça Global a Plenária Geral do Observatório Rio Doce, que terá como tema “Por uma repactuação justa, com participação e respeito aos acordos assinados”.
O Observatório Rio Doce é uma articulação coletiva formada por diversas organizações da sociedade civil, movimentos sociais e grupos acadêmicos com atuação diretamente relacionada ao desastre-crime da Samarco. Defense a justa e integral reparação devida pelas empresas envolvidas às pessoas e comunidades atingidas pelo desastre-crime ocorrido na Bacia do Rio Doce e nasce com o propósito de contribuir para a reverberação das denúncias da população atingida contra as injustiças vivenciadas desde o rompimento da barragem, fortalecendo a luta coletiva em prol da reparação integral dos danos causados pelas empresas.
Todos os grupos que puxam esta inciativa nacional já atuam em diferentes frentes de luta no contexto do rio Doce, mas o que acelerou a articulação foi o anuncio de um processo de “repactuação” entre governos e empresas sem a participação dos atingidos, mas com relevante participação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o protagonismo do poder judiciário com a presença direta de Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Plenária Geral vai reunir pessoas atingidas de diferentes cidades em Minas Gerais e no Espírito Santo, além de entidades diversas que atuam na defesa dos direitos humanos em âmbito nacional e internacional para divulgar a iniciativa do Observatório, suas finalidades e integrantes, dialogar com entidades e as pessoas atingidas buscando consolidar a referência nesta articulação, além de apresentar nossos pontos de críticas e propostas para o processo de “repactuação” que avança rapidamente sem transparência com a sociedade e sem a participação dos destinatários das decisões: as pessoas e comunidades atingidas.
Podem se juntar ao Observatório organizações e coletivos da sociedade civil e grupos acadêmicos que queiram se envolver com a defesa dos interesses das comunidades atingidas pelo desastre-crime da Samarco e que não estejam envolvidos de nenhuma forma com as mineradoras, inclusive com o recebimento de financiamentos.
Leia na integra o texto de fundação do Observatório e envie sua dúvida, sugestão ou a adesão da sua entidade, movimento ou grupo de pesquisa para o contato: [email protected].