O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem manifestar repúdio à violação do direito universal ao acesso à água no município de Juatuba, atingido pelo crime da Vale na bacia do rio Paraopeba
Publicado 25/09/2020 - Atualizado 25/09/2020
Desde o rompimento da barragem B1, que pertence a mineradora Vale, em 2019, a população relata problemas no abastecimento de água da Copasa, como alta turbidez da água e mau cheiro. A água fica dias sem chegar na torneira do consumidor e quando chega, apresenta excesso de cloro.
O desabastecimento tem se estendido a todos os bairros do município, sem que haja qualquer aviso, esclarecimento e perspectivas para soluções.
Considerando que a água é um direito fundamental de sobrevivência e especialmente em tempos de pandemia, quando a higiene é necessária para prevenção da Covid-19, é preciso a lua pela garantia desse direito.
Além de todas as dificuldades econômicas atuais, muitas pessoas têm sido obrigadas a comprar água mineral, porque apresentaram problemas diversos de saúde, como desconfortos intestinais, alergias, coceiras.
Apesar do descaso da Copasa, a empresa não deixou de emitir as faturas que chegam sem nenhum atraso. E apesar das denúncias e protestos, nada foi resolvido. Uma CPI foi instaurada na Câmara Municipal, mas ainda não foi concluída.
O MAB vem fortalecer esta luta pelo direito à saúde e à vida da população de Juatuba, ao abastecimento da água regular com qualidade.