No RS: Seminário binacional discute modelo energético
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimiento de Afectados por Represas (MAR) promovem nesta terça-feira (5), no Salão da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, em Porto Mauá, […]
Publicado 05/11/2019
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimiento de Afectados por Represas (MAR) promovem nesta terça-feira (5), no Salão da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, em Porto Mauá, o Seminário Binacional Brasil e Argentina: Energia e Desenvolvimento Para Quê e Para Quem? Participarão do seminário ameaçados/as do Brasil e Argentina pela construção do Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi-Panambi, sindicatos da região noroeste do RS e de Misiones, na Argentina, assessorias dos deputados Jeferson Fernandes e Bohn Gass (PT/RS), MAB e representantes do MAR do Paraguai e da Argentina.
A construção do encontro é impulsionada, principalmente, pela ameaça da construção do Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi-Panambi, entre Brasil e Argentina. Durante o seminário, será questionado a que interesses servem a construção de tal projeto, que afetará profundamente a natureza e a vida milhares de pessoas.
Na avaliação dos organizadores, as promessas de geração de riqueza e de desenvolvimento dos territórios afetados por barragens já se provaram falsas em todos os casos de construção de hidrelétricas. Para as regiões atingidas, fica o descaso, os impactos ambientais, sociais, econômicos, culturais e emocionais, ao passo que a riqueza gerada se concentra cada vez mais nas mãos de poucos.
O seminário é um marco da união entre os dois países, na resistência contra esses projetos, em que se afirmará a importância da organização das populações ameaçadas e de entidades que lutam em defesa do povo
Segundo Laís Tonatto, do MAB, o dia 5 de novembro é uma data simbólica, em que se completa quatro anos do crime da mineradora Vale, em Mariana (MG), uma tragédia anunciada que mostrou ao mundo a que ponto pode chegar a sede do lucro acima da vida. O seminário, acrescenta, será um espaço de discutirmos o projeto binacional de geração de energia, questionando que desenvolvimento trará para a população atingida e denunciando a violação dos direitos à informação e o direito à participação nas discussões, pois sabemos que estas estão sendo feitas.