MAB participa de ato contra a venda das refinarias no RJ

Nesta sexta-feira (16), o MAB participou de um ato contra a venda de refinarias e terminais da Petrobrás no centro do Rio de Janeiro. O ato aconteceu em frente a […]

Nesta sexta-feira (16), o MAB participou de um ato contra a venda de refinarias e terminais da Petrobrás no centro do Rio de Janeiro. O ato aconteceu em frente a sede da estatal e foi organizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, Levante Popular da Juventude e MAB.

A manifestação fez um alerta sobre a problemática da venda das refinarias anunciada pela direção da estatal, assim como os prejuízos para o Brasil com a política de preços de combustíveis, de reajuste com maior periodicidade.

Nesta sexta-feira termina o prazo para que possíveis investidores se credenciem para compra de ativos nos segmentos de Gás Natural e Refino, disponibilizados no programa de desinvestimento da companhia.

“Na verdade, é entrega do nosso patrimônio”, se posiciona a FUP. Neste pacote estão as refinarias Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, a Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, a Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, além da Liquigás. Para os petroleiros, a situação é grave pois o desinvestimento na área de refino inclui toda a infraestrutura do entorno, contemplando também dutos e terminais.

Para Leonardo Maggi, da coordenação do MAB, a luta em defesa da soberania é cada vez mais urgente e deve ser assumida pelo conjunto da sociedade brasileira. “No último dia 13, no ato da Tsunami da educação encerramos nossa manifestação aqui em frente a Petrobrás, numa clara posição de nossas organizações de que queremos que os recursos oriundos da venda da nossa maior riqueza, o petróleo, seja revertido para as melhorias nas áreas da saúde e educação”, afirma.

Ainda segundo Maggi, “ter um país soberano significa ter um país onde seu povo decide sobre os rumos da nação, e por isso estamos aqui, nos preparando para o grande ato em defesa da soberania, já marcado para o dia 3 de outubro, quando retornaremos para a Petrobrás no dia de seu aniversário de fundação”, pontua.  

Grande parte da cadeia produtiva da indústria do petróleo está sendo adquirida pelos concorrentes da Petrobrás por obra deste governo entreguista e de sua direção na empresa, encabeçada por Roberto Castello Branco, um rentista neoliberal oriundo da Escola de Chicago.

O anúncio de venda de quatro refinarias, de um total de oito, a venda das malhas de dutos, da BR Distribuidora, da Liquigás, a hibernação das FAFENs e a intenção de venda da Transpetro, principal empresa de logística da Petrobrás, praticamente restringe a companhia somente ao ramo de extração do petróleo, abandonando o conceito de uma empresa de energia integrada.

Refino e logística, incluindo, distribuição, garantem 61% da fonte de receitas da Petrobrás. Ou seja, Bolsonaro, Paulo Guedes e Castello Branco querem deixar a Petrobrás operando somente com 30% de sua fonte de receitas obtidas por meio do E&P. O custo social dessa mudança de paradigma da estatal, com aumento no valor dos combustíveis e dos fertilizantes, será grande para milhões de desempregados.

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