Trabalhadores de sindicatos e movimentos ligados ao tema da energia participam da 5ª etapa de curso em parceria com a UFRJ

  A 5ª turma do Curso de Especialização e Extensão “Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo” começou nesta segunda-feira (15). O curso é uma parceria do Movimento dos Atingidos por […]

 

A 5ª turma do Curso de Especialização e Extensão “Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo” começou nesta segunda-feira (15). O curso é uma parceria do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) com a Universidade da Cidadania e o Instituto de Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da UFRJ.

Com o objetivo de aprofundar o tema da energia de forma ampla e com o olhar de vários movimentos sociais e sindicais do Brasil e da América Latina, mais de 70 pessoas de 21 organizações e de entidades sindicais ligadas ao setor energético participam do curso.  As aulas acontecem na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro – EEFD-UFRJ.

De acordo com Beatriz Passareli, da coordenação nacional do MAB e membro da coordenação pedagógica, o curso cumpre um papel histórico, pois proporciona aos trabalhadores o acesso à universidade pública, buscando construir conhecimentos que possam fortalecer suas organizações na prática.

“Neste momento em que vivemos, em que se faz necessária a defesa da nossa soberania energética e a luta contra a privatização das nossas riquezas nacionais e da educação, este curso – que nos permite pensar em uma novo modelo energético, em uma Petrobras para o Brasil com a destinação dos recursos para maior geração de emprego e distribuição da riqueza – com uma turma que articula movimentos, sindicatos e organizações em torno da questão, é de extrema importância para fortalecermos a nossa luta e podermos pensar em uma independência real para o Brasil e para o povo brasileiro”.

O curso compreende um processo contínuo de dois anos de formação, no regime de alternância, no qual os estudantes são desafiados a refletir sobre as temáticas também no período em que estão fora da universidade (no chamado “tempo comunidade”).

“Este é um espaço político importante, fundamental para a construção do conhecimento, em especial neste momento, em que a questão da energia é central na conjuntura”, afirmou Flavia Braga Vieira coordenadora do curso e professora da UFRRJ.

Priscila Costa do Sindipetro/ES e da Federação Única dos Petroleiros, também esteve presente à mesa de abertura para destacar a importância da aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade na discussão e formulação de um novo projeto para a energia. “É necessário unidade, mobilização e luta.”, sintetiza a petroleira. Trabalhadores dos diversos sindicatos ligados à energia participam da formação, na perspectiva de fortalecimento da Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia.

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