Em formação para mulheres, MAB e Fiocruz debatem saúde no RJ

Em parceria com a Fiocruz, curso em Cachoeira de Macacu, no Vale do Rio Guapiaçu, promove integração entre mulheres atingidas foto: Luana Faria A luta contra a violação dos direitos […]

Em parceria com a Fiocruz, curso em Cachoeira de Macacu, no Vale do Rio Guapiaçu, promove integração entre mulheres atingidas


foto: Luana Faria

A luta contra a violação dos direitos dos atingidos por barragens é uma das bandeiras que o MAB tem levantado desde sua existência. Com esse intuito, é realizadono vale do Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu/RJ, o projeto”Educação Popular, Direitos e Participação Social: Bordando a Saúde das Mulheres Atingidas por Barragens”, que nesta quinta-feira realizou o 3° encontro da primeira fase, o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP).

Por meio do DRP, as participantes fazem o levantamento dos problemas da região relacionados à saúde. A proposta é que, ao final, seja apresentada uma pauta de reivindicações aos gestores públicos para que sejam promovidas melhorias.

O curso está sendo desenvolvido em uma parceria entre o MAB e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz. No último encontro, com a educação popular, os educadores da Fiocruz trouxeram elementos que ajudaram as agentes de saúde e as lideranças da região a identificar em mapas as situações de risco e os problemas mais evidentes em cada uma das suas comunidades. Elas também tiveram a oportunidade de conhecer a técnica das arpilleras, visualizando peças prontas e pré-prontas e viram como é possível contar suas histórias por meio da técnica do bordado.

Os encontros anteriores aconteceram nos dias 10 e 11 de abril e no dia 2 de maio; e o próximo encontro do curso será no dia 30 de maio, concluindo o DRP. A segunda fase do curso consiste em rodas de conversa.

A primeira roda de conversa será nos dias 5 e 6 de junho, onde as participantes se aprofundarão no tema sobre o direito à saúde pública e de qualidade, a importância do SUS para a população e também na técnica das arpilleras, iniciando as peças da turma e posteriormente as peças das comunidades. Ao final do projeto as arpilleras produzidas serão expostas em Cachoeiras de Macacu e também na Fiocruz.

 

As crianças também são parte do Movimento

Ao mesmo tempo que acontece a formação com as mulheres, as crianças participam da ciranda infantil, que proporciona às mães levarem seus filhos para a formação e que haja a inserção no movimento desde pequenas, com metodologias apropriadas para cada idade.

foto: Luana Faria

Para que as cirandas acontecessem, foram realizadas três etapas de formação dos educadores e educadoras infatis. Nessas etapas, eles receberam formação teórica a partir do acúmulo que o MAB tem nessa área, e também formação prática para a realização de atividades durante as atividades.

“O resultado é muito positivo”, avalia Luana Farias, uma das coordenadoras da ciranda. “A gente percebe a evolução das crianças que com o passar das etapas sentem mais confiança. O mesmo acontece com as mães. Isso é o mais interessante, que mães e filhos se insiram nas atividades propostas pelo movimento e atuem, a seu modo, juntos”.

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