MAB reúne com o governador do Piauí

Em reunião com o governador do Piauí, nesta segunda-feira (01), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) debateu a Política de segurança em barragens, entre outras pautas das famílias atingidas no estado. Em […]

Em reunião com o governador do Piauí, nesta segunda-feira (01), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) debateu a Política de segurança em barragens, entre outras pautas das famílias atingidas no estado.



Em Teresina, capital do Piauí, o MAB reuniu nesta segunda feira com o Governador Wellington Dias, a Vice-Governadora Regina Sousa, o Deputado Estadual Francisco Lima e representações de órgãos estaduais, entre eles o Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

O objetivo da reunião foi dialogar sobre a Política de Segurança de Barragens, a lei pra atingidos/as por barragens do estado e sobre a pauta de reinvindicações concreta das famílias organizadas no MAB. 

Também foram discutidos os danos causados na Bacia do Rio São Francisco após o recente crime da Vale, em Brumadinho (Minas Gerais). O Governador se comprometeu em ajudar na articulação dos governadores da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe para que os mesmos recebam os movimentos que vem fazendo o trabalho em defesa do velho Chico.

 

Numa conjuntura de tanto retrocesso e tanta criminalização sobre os movimentos sociais, ontem foi uma data simbólica na luta. É a primeira vez que o MAB é recebido pelo governador.Para Dalila Calisto, da Coordenação Nacional do MAB, que atua na região, “a atitude do governo em receber o movimento é um gesto importante, e demostra as intenções de ter uma postura mais sensível com as populações atingidas”. A ideia da reunião, agrega, foi “debater sobre os riscos com as barragens no Piauí, com tantas pessoas que moram perto”.

Os riscos trazem novamente à memoria do povo o desastre de Algodões. Em 2009, há dez anos, o Piauí sofreu o rompimento da barragem de água Algodões, reconhecido como o maior crime ambiental do estado, onde morreram nove pessoas e até hoje as famílias lutam para garantir seus direitos. Neste sentido, os esforços de articulação com o governo estadual e os demais governos da Bacia do São Francisco são essenciais para defender a vida das populações em risco, e avançar na conquista das pautas das famílias atingidas por barragens.

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