Governo golpista corre para entregar o pré-sal

Faltando poucos dias para as eleições presidenciais, o governo ilegítimo de Michel Temer corre para entregar o patrimonio do povo brasileiro a preço de banana. 

Hoje, sexta-feira 28 de setembro, por meio de um leilão, o governo de Temer vendeu cerca de 17 bilhões de barris de petróleo do pré-sal brasileiro, uma das maiores reservas do mundo.

De manhã, movimentos populares e sindicais protestaram em frente à sede da Agência Nacional de Petróleo no Rio de Janeiro, em defesa de nosso patrimônio e de nosso futuro, como explica o coordenador da Federação Única dos Pétroleiros, João Antônio de Moraes.

“Estamos frente à Agência Nacional do Petróleo, que hoje se comporta como uma agência estadounidense e trasnacional, uma vez que está entregando 17 bilhões de barris do pré-sal brasileiro”. E explica: “Para aqueles que acham que a Lava Jato apurou a destruição da petrobrás, eu digo não. A destruição da Petrobrás tenta se fazer com leilões como este. O que significa a entrega de estes bilhões de barris? Significa que o consumidor brasileiro vai pagar mais caro no gás de cozinha, na gasolina, gerando menos emprego para nosso povo, e menos desenvolvimento para o nosso pais”.

Pela tarde, petroleiros e militantes protestaram em frente à sede da Petrobrás, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Segundo informações do jornal Brasil de fato, na 1ª Rodada de Licitação, em 2011, quando ainda vigorava a operação exclusiva da Petrobras, o percentual de lucro repassado ao Estado era de 40%. Na 4ª Rodada, realizada em junho de 2018, o percentual médio cegou ao patamar de 13,5%. Segundo um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) publicado hoje, dos 5 leilões realizados até o momento de blocos do pré-sal, este foi o de pior participação da Petrobrás.

“Para se ter uma ideia do tamanho da entrega, a quantidade que está sendo leiloada agora é equivalente a todo o que a Petrobrás explorou nos seus 60 anos de existência” disse Leonardo Maggi, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que qualifica a o leilão como “uma doação” às grandes empresas trasnacionais do setor. E afirma: “Nós do Movimento dos Atingidos por Barragens, os petroleiros, a juventude, os pequenos agricultores e os trabalhadores em geral estamos na luta, denunciando o entreguismo do governo golpista com este patrimonio fabuloso do nosso país e do nosso povo”.