Entenda a luta das famílias atingidas pela hidrelétrica de São Roque:
Na final da tarde de ontem, 14 de junho de 2018, somente quando a empresa Engevix concordou em realizar uma audiência para tratar do descaso social e da violação dos […]
Publicado 15/06/2018
Na final da tarde de ontem, 14 de junho de 2018, somente quando a empresa Engevix concordou em realizar uma audiência para tratar do descaso social e da violação dos direitos das comunidades atingidas pela UHE São Roque, as famílias deixaram o canteiro de obras da Usina após três dias de acampamento.
Confira o depoimento de uma das famílias afetadas pela obra que foi violentamente despejada de sua propriedade localizada na zona rural do município de Brunópolis/SC no início de 2016 e que até hoje está impossibilitada de morar e trabalhar nas suas terras, assim como permanece com seu direito ao reassentamento rural negado pela Empresa Engevix:
As mais de 700 famílias que serão diretamente afetadas pela construção da barragem exigem o atendimento das pautas já apresentadas para a Empresa, que são:
1) O cumprimento dos acordos realizados em reuniões anteriores;
2) A compra de terras para reassentamento;
3) O pagamento das indenizações;
4) O reconhecimento das famílias que hoje tem seus direitos negados pela Empresa Engevix.
A Usina Hidrelétrica de São Roque está orçada em 700 milhões de reais, possui uma potência instalada de 146 MW, irá inundar uma área superior a 4mil hectares e atingirá diretamente mais de 700 famílias ribeirinhas do Rio Canoas entre os municípios catarinenses de Vargem, São José do Cerrito, Brunópolis, Curitibanos e Frei Rogério.
O Movimento de Atingidos por Barragens de Santa Catarina reforça seu compromisso de luta e resistência pelos direitos sociais das famílias afetadas por São Roque e afirmamos: Nossos Rios não estão a Venda!