Atingidos se somam a greve nacional dos petroleiros

Em diversos pontos do país, trabalhadores atingidos somam-se à mobilização nacional dos petroleiros

Faixa no ato que ocorreu hoje em Mauá, próximo a capital paulista

Nesta quarta-feira (30), os trabalhadores do Sistema Petrobras amanheceram em greve em todo o país para baixarem os preços dos combustíveis, gás de cozinha e derivados. Eles responsabilizam a política de reajustes de derivados, que atende aos interesses do mercado e não as necessidades da população e do país como a principal causa da recente crise nacional. 

A greve começou na madrugada desta quarta-feira, 30, com a suspensão das trocas de turnos nas refinarias e terminais e paralisação das atividades nas plataformas da Bacia de Campos, onde 22 unidades já estão no movimento. 

Nas bases da FUP, 10 refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS). Também estão parados os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.

Em diversos pontos do Brasil, o Movimento dos Atingidos por Barragens e a Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia soma forças às mobilizações.

Na Transpetro, a greve atinge os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos (Duque de Caxias) e de Cabiúnas (Macaé).

Paralisação na refinaria Alberto Pasqualini Refap em Canoas/RS 

No Rio Grande do Norte, os trabalhadores dos campos de produção terrestre do Alto do Rodrigues e de Mossoró também aderiram à greve, assim como os petroleiros do Ativo Industrial de Guamaré e da Estação Coletora do Canto do Amaro.

No Ceará, atingidos participam da mobilização na Refinaria Lubnor, em apoio à greve dos petroleiros

Participam ainda da greve os trabalhadores da Usina Termoelétrica Leonel Brizola, em Duque de Caxias, e os petroleiros das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs) do Espírito Santo, onde os petroleiros da sede da Petrobrás, em Vitória, também se somaram ao movimento, ao lado de atingidos por barragens.

No Espírito Santo, MAB também participa lado a lado com os petroleiros neste dia nacional de paralisação.

Em Santa Catarina, os trabalhadores do Edifício Administrativo da Transpetro de Joinville (Ediville) e dos terminais de Biguaçu (Teguaçu), São Francisco do Sul (Tefran) e de Itajaí (Tejaí) paralisaram as atividades e se deslocaram até o Terminal de Guaramirim (Temirim) para a realização de um ato conjunto na manhã desta quarta.

Em São Paulo, os atos ocorreram em frente a refinaria de Capuava em Mauá – SP o dia amanheceu com muita mobilização e paralisação nas atividades.

Já em Minas Gerais, o ato desta manhã foi na Regap-MG.

Frentes nacionais de luta também convocaram diversos atos unitários nas capitais. Em SP, milhares de tranalhadores das Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo tomaram a Av. Paulista.

Av. Paulista

No Rio de Janeiro, militantes se concentraram em frente a sede da Petrobrás.