Temer extingue Fundo Soberano do Brasil

Em uma canetada, Temer extinguiu o Fundo Soberano do Brasil, criado para proteger o pais em momentos de crise Foto: Agência Governo Poderia ser só uma metáfora. Mas é uma […]

Em uma canetada, Temer extinguiu o Fundo Soberano do Brasil, criado para proteger o pais em momentos de crise

Foto: Agência Governo

Poderia ser só uma metáfora. Mas é uma triste realidade. No meio de um sem fim de ataques a nossa soberania impulsados pelo seu governo, o presidente golpista Michel Temer extinguiu o Fundo Soberano do Brasil.

Em uma canetada, como vem fazendo tudo, o Temer decidiu que esse fundo, criado em 2008 entre outras coisas para funcionar como uma reserva para combater crises econômicas e momentos difíceis do país, passa agora a pagar a Divida Pública Federal e a “equilibrar as contas públicas”.

Segundo o art. 1º da Lei nº 11.887, de 2008, o FSB foi criado com as seguintes finalidades: mitigar os efeitos dos ciclos econômicos, formar poupança pública, promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, fomentar projetos de interesse estratégico do País localizados no exterior.

O economista Cloviomar Cararine, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) disse que num momento em que o Brasil vai aumentar suas exportações de petróleo por conta da exploração do pré-sal “extinguir o fundo aumenta a dependência à variação do preço do petróleo e faz com que o Brasil não tenha como se proteger”.

Cararine, que assessora à Federação Única dos Petroleiros (FUP) em assuntos económicos, afirma também que “é um desastre que Temer tenha congelado os gastos públicos por vinte anos, e ainda retire dinheiro dos fundos públicos para destinar ao sistema financeiro, aos rentistas e ao pago de dívida”.

Nesse sentido, agrega: “Em relação à soberania nacional é uma medida muito ruim. Os países mais desenvolvidos criam esses fundos porque quando o país aumenta muito sua exportação, é necessário que esse dinheiro não entre diretamente na economia para não aumentar a dependência. Os fundos como este são uma forma de controlar e ter soberania sobre a produção do bem que o país tem, soberania sobre a sua moeda ante a chegada do dólar, e soberania para tomar decisões estratégicas para o país”. Para Cararine, “a extinção desse fundo é mais um passo dentro desse modelo de dependência que o governo está adoptando”.

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