Atingidos seguem mobilizados contra o “estado de exceção” no Brasil

Em diversas regiões, o MAB tem somado forças com outros movimentos para denunciar o Estado de Exceção em que vivemos hoje em nosso país  Após o anúncio da prisão do […]

Em diversas regiões, o MAB tem somado forças com outros movimentos para denunciar o Estado de Exceção em que vivemos hoje em nosso país 


Após o anúncio da prisão do ex-presidente Lula, na última semana, apontado como o fato que consolida o golpe vigente em nosso país, diversas organizações sociais, centrais sindicais e movimentos populares do campo e da cidade tem unido forças na resistência.

Por definição, o “estado de exceção” significa uma situação oposta ao Estado de direito, decretada pelas autoridades em situações de emergência nacional, como agressão efetiva por forças estrangeiras, grave ameaça à ordem constitucional democrática ou calamidade pública. Segundo análises feitas pelas frentes de luta e movimentos sociais, este é o momento atual no país.

MAB ocupa BR 349, que liga Correntina a Santa Maria da Vitória no Oeste da Bahia

Em Curitiba, em frente a sede da Polícia Federal, local em que Lula está preso, centenas de militantes estão acampados. Diariamente, o acampamento tem recebido apoio de representantes políticos, artistas e intelectuais, atividades e debates organizativos são realizados todos os dias. A cada minuto, mais e mais militantes tem se somado, ônibus de diversas regiões do país não param de chegar.

Foto: Joka Madruga/Agência PT

Ontem (11), dia nacional de mobilização, diversas capitais realizaram atos massivos em denúncia à prisão de Lula e por justiça no caso de Marielle Franco, assassinada há quase 1 mês, no Rio de Janeiro, após denunciar os abusos cometidos na intervenção militar no estado.

Movimentos marcham para a Praça da República em SP

No interior, movimentos do campo, fecharam rodovias, realizaram marchas e acampamentos locais. A estimativa é que a luta se acirre a cada dia mais.

Trancamento na RS-153, em Marcelino Ramos (RS), que liga os estados de SC e RS

Para Daiane Hohn, da coordenação nacional do MAB, este é um momento de forte resistência da classe trabalhadora, em que as contradições se afloram e a luta de classe se faz cada vez mais presente.

“Pela prisão injusta de Lula e por Justiça a Marielle estamos nas ruas. Afirmamos que a democracia neste momento está sendo golpeada. Toda a classe trabalhadora precisa se mobilizar neste momento, em defesa da democracia, em defesa da liberdade política, em defesa do povo brasileiro e da soberania nacional. No fundo, sabemos que o que a burguesia almeja hoje é tomar as riquezas do povo brasileiro e não vai parar até que atinja este objetivo, nosso papel é resistir. É a luta de classe se aflorando”, pontua.

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