Atingidos saem às ruas em defesa de Lula

Em todo o Brasil, atingidos e atingidas participam de ações em defesa da democracia e contra a prisão de Lula

Milhares de trabalhadores e trabalhadoras atingidas se somam hoje (06) aos atos e manifestações em defesa da democracia brasileira e contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em diversos estados, movimentos do campo e da cidade fecharam ruas, rodovias e marcharam contra a prisão de Lula.

Em São Bernardo do Campo, no Sindicato dos Metalúrgicos, onde o ex-presidente acompanhou o julgamento, milhares de manifestantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam um grande ato unitário de resistência à sua prisão.

Em Teresina no Piauí, como forma de resistência e força revolucionária, cerca de 200 integrantes da Frente Brasil Popular trancaram a BR 316, rodovia de grande importância econômica, ligando a capital do estado ao sul do país.

No período da tarde, manifestantes ocuparam a Avenida Frei Serafim.

No interior do estado do Piauí, atingidos por barragens das comunidades quilombolas Periperi e São João ocuparam a PI-130 que liga as cidades de Amarante e Palmeiras.

Na região de Caucaia, no Ceará, integrantes do MAB, MST, FETANCE e diversos outros movimentos se uniram a grupos indígenas em defesa de Lula e da democracia brasileira. Mais de 500 participaram das ações na região.

Também no Ceará, na região do maciço de Baturité-CE, centenas de trabalhadores seguiram em marcha em defesa de Lula.

Na capital Fortaleza, uma multidão tomou as ruas centrais e se concentraram na Praça da Gentilandia.

Em João Pessoa-PB, trabalhadores e trabalhadoras atingidas se somaram ao grande ato unitário na capital que reuniu centenas de manifestantes contrários aos ataques a Lula. A sede da emissora Rede Globo de Televisão foi escrachada. 

Em Erechim, no Rio Grande do Sul, trabalhadores atingidos gaúchos também seguiram mobilizados em defesa da democracia brasileira e contra a prisão de Lula.

No estado de Minas Gerais, atingidos participaram de atos realizados na cidade histórica de Ouro Preto.

 Também em Minas, trabalhadores atingidos ocuparam as ruas de Almenara.

Na capital Belo Horizonte, milhares de trabalhadores foram às ruas.

No período da manhã, companheiros do MST e do Levante Popular da Juventude coordenaram uma importante ação de escracho na casa da ministra do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia. Foram atiradas bombas de tintas e feitas pichações nos muros e calçadas do prédio onde a ministra reside numa cobertura. 

No Pará, atingidas e atingidos realizaram a luta em Altamira, região que é atingida por Belo Monte.

Também no Pará, em Marabá, atingidos organizados na Frente Brasil Popular também seguem mobilizados em defesa do ex-presidente Lula. A concentração do Ato Cultural ocorre na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). 

Na capital Belém, a juventude atingida também se somou na equipe de agitação das mobilizações.

Em Salvador, mais de 10.000 ocuparam as ruas. Na Bahia ocorreram atos em Vitória da Conquista, Feira de Santana, Jequié, Guanambi, Santo Antônio, Cruz das Almas e em diversas outras cidades. Estima-se que ao todo foram mais de 11 trancamentos de rodovias.

Em Recife-PE, milhares também foram às ruas.

Para Gilberto Cervinski, da coordenação nacional do MAB, neste momento, ao povo só resta à luta nas ruas como forma de resistência.

“Juntos com os operários e os trabalhadores do campo e da cidade nós vamos lutar. Não vamos aceitar o golpe e o estado de exceção que vivemos hoje em nosso país. Eles querem tirar o Lula das eleições para continuar com o processo de golpe, isso é muito claro pra nós. Prender o Lula é prender a classe trabalhadora e não vamos aceitar isso. Vamos lutar até as últimas consequências”, afirma Cervinski.

Em nota conjunta, as duas frentes de luta, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se posicionaram sobre os ataques à democracia em nosso país.

“Estamos ao lado do presidente Lula nessa batalha decisiva, juntos na luta por suas prerrogativas constitucionais, dispostos a resistir contra a truculência e a mesquinharia dos que tomaram as instituições de assalto. Estradas estão sendo bloqueadas. Mobilizações despontam nas principais cidades e regiões”, reafirma a nota lançado hoje no início da tarde.

As manifestações seguem em diversos pontos do país.

Fotos: Coletivo de Comunicação MAB