Fórum Alternativo Mundial da Água é lançado em Rondônia
Na última terça-feira (6) aconteceu o lançamento do Fórum Alternativo Mundial da Água em Porto Velho (RO), com a participação de diversos movimentos sociais e organizações do estado, entre elas […]
Publicado 08/02/2018
Na última terça-feira (6) aconteceu o lançamento do Fórum Alternativo Mundial da Água em Porto Velho (RO), com a participação de diversos movimentos sociais e organizações do estado, entre elas o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Central de Movimentos Populares (CMP), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Arquidiocese de Porto Velho, Sindicato dos Urbanitários, Levante Popular da Juventude, professores e pesquisadores. O lançamento ressaltou a importância da luta pela água no próximo período, em Rondônia e na Amazônia.
Segundo Francisco Kelvim, do MAB, há um movimento sem precedentes de avanço do capitalismo na disputa e controle sobre as bases naturais, especialmente a água no Brasil e a Amazônia. Ainda de acordo com o militante, isso acaba refletindo em Rondônia, que após a construção das barragens de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, além das comunidades ribeirinhas serem atingidas ainda vivem uma realidade cotidiana de privatização do rio, não podendo nem mais pescar e na privatização da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia [CAERD], que vem sendo negociada entre governo do estado e AEGEA, que tem como um de seus donos o Banco Mundial.
De acordo com Geovana Barros, da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), é necessário a união de todos esses segmentos para derrotar essa agenda de privatizações, por isso é tão importante a realização do FAMA e dos comitês.
Outra realidade colocada são os conflitos no campo, que a cada ano aumentam, e estão ganhando ainda mais um elemento de disputa, apontou Petronila, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra (CPT). “Em Rondônia, tivemos no ano de 2016 a morte de uma companheira de luta, Nicinha, por um conflito que envolve a água e essa realidade no Rio Madeira também está presente nas comunidades quilombolas e indígenas”.
Na próxima semana acontecerá a primeira reunião do comitê para discutir as ações e a organização do FAMA no estado.
Água e energia não são mercadorias!