Nota de repúdio à atitude violenta do Prefeito Ferdinando Coutinho, perante a manifestação pacífica realizada na cidade de Matões (MA)
O Movimento Quilombola do Maranhão MOQUIBOM, Movimento dos Atingidos por Barragens- MAB, Comissão Pastoral da Terra CPT vem, por meio desta nota, manifestar seu repúdio à ação autoritária […]
Publicado 03/08/2017
O Movimento Quilombola do Maranhão MOQUIBOM, Movimento dos Atingidos por Barragens- MAB, Comissão Pastoral da Terra CPT vem, por meio desta nota, manifestar seu repúdio à ação autoritária e violenta empregada pelo Prefeito Ferdinando Coutinho-PSB da cidade de Matões-MA contra as famílias que ocuparam na última terça-feira (01/08), a sede da Prefeitura Municipal.
A ação teve como objetivo apresentar a pauta de reinvindicação da comunidades Quilombolas do municípios de Matões, bem como denunciar as violações de direitos que as famílias vem sofrendo principalmente com o avanço cruel do agronegócio na região. Dentre as violações sofridas pelas comunidades, podemos destacar a falta de fornecimento de água na comunidade quilombola Tanque da Rodagem, o fornecimento era feito através de carro pipa, onde a própria prefeitura ordenou que o serviço fosse suspenso.
Durante a ocupação da sede da prefeitura onde as famílias aguardavam para serem atendidas pelo prefeito do município, o mesmo utilizou-se de ameaças para intimidar as famílias e exigindo a desocupação imediata da prefeitura. Na ocasião após trancar-se em seu gabinete o mesmo abandonou a sede sem falar com os manifestantes.
Posteriormente as famílias seguiram em marcha ate à sede do Ministério Público onde foram protocoladas as denuncias sobre as violações sofridas pela comunidade, bem como a ameaça cometida pelo prefeito Ferdinando Coutinho-PSB. Também foram realizados Boletins de Ocorrência na delegacia local.
Diante de tal ato de violência exercido pelo prefeito da cidade de Matões ante a resistência da população oprimida, o Moquibom, MAB e CPT reiteram seu compromisso com a luta pela garantia de direitos sociais e vem a público reafirmar que o acesso a água é uma questão de direito humano fundamental previsto na Constituição Federal e deve ser garantido pelo Estado.