Em Maricá, movimentos sociais ajudam no plantio na Horta Comunitária
A Horta Pública Comunitária e a Unidade Agroecológica da Prefeitura, no loteamento Manu Manuela, em São José de Imbassaí, receberam na manhã desta terça-feira (01/08) a visita de integrantes do […]
Publicado 03/08/2017
A Horta Pública Comunitária e a Unidade Agroecológica da Prefeitura, no loteamento Manu Manuela, em São José de Imbassaí, receberam na manhã desta terça-feira (01/08) a visita de integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MAB) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MPA). A presença dos grupos na horta teve como objetivo a participação no mutirão que concluiu o plantio de hortaliças nos canteiros circulares da mandala e conhecer na prática o projeto realizado em Maricá.
Participaram também do mutirão representantes das secretarias de Agricultura, Pecuária e Pesca; Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher; Educação (através da Educação Ambiental); e o secretário de Economia Solidária, André Braga. Foi a Cooperativa de Trabalho em Assessoria a Empresas Sociais de Assentamentos da Reforma Agrária (Cooperar), que é a parceira conveniada com a Prefeitura neste projeto, que organizou este intercâmbio em atividade.
O agrônomo da Cooperar, Anderson Oliveira, falou do plantio em consórcio e do princípio da sintropia utilizado quando uma cultura de muda plantada no mesmo canteiro ajuda simultaneamente a outra no seu próprio desenvolvimento. Anderson falou ainda da quantidade de pó de rocha aplicado por metro quadrado para combater a acidez do solo. O agrônomo explicou sobre a distribuição do consórcio entre as culturas que seriam plantadas como alface crespa, couve, repolho, brócolis americano, cebolinha e rúcula.
Para o estudante de geografia na Universidade Federal Fluminense (UFF), e integrante do MPA, Andrew Pousa, 22 anos, conhecer de perto e participar do projeto foi importante para poder repassar a outros alunos da UFF. Vou divulgar esta iniciativa na faculdade e mobilizar os colegas de curso para também possam participar deste projeto, comentou. Participar das várias plantações e da primeira colheita de hortaliças que aconteceu recentemente com alunos da rede da educação municipal e agora preencher toda a mandala com hortaliças, é ver que os passos importantes estão sendo dados na direção de garantir alimentação saudável na cidade, avaliou o secretário de Economia Solidária. É também acumular aprendizados que serão passados para os futuros ocupantes da Horta Comunitária, relacionados a agroecologia. Estou muito satisfeito em ver o projeto no caminho certo, concluiu André.
O coordenador da Cooperar, Talles Reis, afirmou que a presença dos grupos da via campesina na horta é importante para que se possa irradiar o trabalho que está sendo feito em Maricá em vários pontos do país. Estes movimentos atuam em várias regiões do país que trabalham com a preocupação na agroecologia, afirmou. Gabriela Dantas, 35 anos, que representou o MAB, contou que veio do município de Cachoeira de Macacu para conhecer a experiência em Maricá e ajudar na irradiação da iniciativa em outras regiões. Lá em Cachoeira de Macacu temos um projeto semelhante, mas é desenvolvido em espaços privados. Queremos levar para a cidade a experiência em espaços públicos como é realizado aqui, destacou.
No próximo dia 10 de agosto acontece às 19h, na quadra do loteamento Manu Manuela, uma reunião entre todos os recadastrados no segundo chamamento público 01/2017. O encontro servirá para tirar dúvidas sobre o novo edital e compor a comissão mista de organização das hortas comunitárias.
Matéria do site da prefeitura de Maricá