Trabalhadores do campo e da cidade protestam em defesa da Petrobrás e pela saída de Pedro Parente
Os trabalhadores e trabalhadoras do setor petroleiro com o apoio diversas organizações sociais e sindicais do campo e da cidade realizaram nesta quinta-feira, dia 08, um grande ato político em […]
Publicado 08/06/2017
Os trabalhadores e trabalhadoras do setor petroleiro com o apoio diversas organizações sociais e sindicais do campo e da cidade realizaram nesta quinta-feira, dia 08, um grande ato político em frente à sede da Petrobrás, no Centro do Rio de Janeiro. Os manifestantes são contra a privatização da empresa Petrobrás e exigem a saída imediata de Pedro Parente anulando as medidas privatistas de sua gestão.
Mesmo com o governo Temer se desmantelando em meio a denúncias graves de corrupção, o desmonte da Petrobrás segue a pleno vapor. De acordo com João Antônio de Moraes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), os golpistas antes já não tinham legitimidade para venderem a preço vil os ativos da empresa, agora menos ainda. Por isso, os petroleiros exigem a saída imediata de Pedro Parente do comando da estatal e a anulação de todas as medidas de sua gestão.
Convocamos os trabalhadores, estudantes, movimentos sociais, lideranças políticas e todas as frentes populares de luta para se somarem a essa mobilização em defesa da soberania nacional. Não vamos deixar que destruam a mais importante estatal brasileira. Diz o Petroleiro.
PRIVATIZAÇÃO
Sob o comando de Pedro Parente, o patrimônio da Petrobrás está migrando aceleradamente para grupos privados, principalmente as multinacionais. Seus maiores concorrentes estão se apropriando dos nossos campos de petróleo e gás, das sondas de perfuração, das nossas empresas de distribuição de derivados, como a Liquigás e a BR, dos terminais e redes de gasodutos, como a NTS, responsável pelo escoamento de 70% do gás natural do país, além de usinas de biodiesel, petroquímicas, termoelétricas e já miram também nas nossas refinarias, que entraram na lista de privatização.
O que esta e jogo nesse cenário de privatização desse governo golpista são os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade afirma Alexania Rossato da coordenação nacional do MAB.A solidariedade de classe entre os trabalhadores do campo e da cidade tem se construído com a Plataforma Operaria e Camponesa para Energia que veem discutindo que o petróleo e os recursos oriundos dessa grande riqueza precisam estar destinados a alavancar a saúde, a educação, direitos e o trabalho do nosso povo.
DESEMPREGO
Desde que assumiu a presidência da Petrobrás pelas mãos de um governo corrupto e golpista, Pedro Parente já cortou cerca de 55 mil postos de trabalho. Mais de 40 mil trabalhadores terceirizados foram demitidos e outros 13.270 empregados próprios deixaram a companhia, através de planos de desligamentos. Os setores que dependem diretamente dos investimentos da petrolífera brasileira, como a indústria naval e de equipamentos, também amargam demissões em massa. Só os estaleiros já demitiram mais de 50 mil trabalhadores diretos.
PERDA DE SOBERANIA
Uma das primeiras ações do Congresso Nacional, logo após a aprovação do golpe, foi mudar as regras de exploração do Pré-Sal, tirando da Petrobrás a função de operadora única e acabando com a sua participação mínima de 30% nos campos licitados. O objetivo era deixar o caminho livre para que as multinacionais se apoderem das maiores e mais promissoras reservas de petróleo da atualidade. Pedro Parente foi um árduo defensor dessas medidas.
Não é à toa, que o governo Temer já anunciou a realização de nove rodadas de leilão até 2019, começando este ano, com a entrega de oito grandes campos do Pré-Sal. Além disso, os golpistas praticamente dizimaram a política de conteúdo local, acabando com o protagonismo da indústria nacional na cadeia de óleo e gás. Mais uma ação que vai contra os interesses nacionais e que teve participação direta de Pedro Parente.