Atingidos por Belo Monte protestam em frente à prefeitura de Vitória do Xingu
Os manifestantes cobram a destinação de três terrenos para moradia social que beneficiaria 3 mil famílias Desde o início da manhã desta quinta-feira (08), cerca de 300 pessoas protestam […]
Publicado 08/06/2017
Os manifestantes cobram a destinação de três terrenos para moradia social que beneficiaria 3 mil famílias
Desde o início da manhã desta quinta-feira (08), cerca de 300 pessoas protestam em frente à prefeitura de Vitória do Xingu (PA). Atingidos pela especulação imobiliária gerada pela Usina Hidrelétrica Belo Monte, os manifestantes integram um conjunto de 3 mil famílias que ocupam três terrenos no município as ocupações Nova Vitória 1, Nova Vitória 2 e Laticínios.
O ato cobra do poder municipal um Decreto de Utilidade Pública para desapropriar essas três áreas e transformá-las em moradia social para essas famílias, com a construção de casas e infraestrutura necessárias.
Vitória do Xingu possui 20 mil habitantes e em 2017 receberá R$ 36 milhões em Royalties de Belo Monte. Os royalties são distribuidos aos estados e municípios atingidos pelos lagos das barragens, no caso de Belo Monte, Vitória do Xingu tem 49,4% do lago, Altamira tem 50,5% e Brasil Novo tem 0,02%. Esses recursos dos Royalties das barragens não devem ser utilizados para o pagamento de pessoal ou pagamento da dívida do município, ou seja, podendo ser usado pela prefeitura municipal para adiquirir as tres áreas e construir um programa habitacional aos atingidos.
De acordo com o integrante da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Fabiano Vitoriano, este recurso proveniente da compensação financeira de Belo Monte pode garantir a compra dos terrenos e construção das moradias populares.
Esse é um recurso que deve ser destinado às pessoas atingidas por Belo Monte, que nesse contexto de especulação imobiliária engloba praticamente todos os moradores de Vitória do Xingu. Por isso reivindicamos a destinação desses R$ 36 milhões para a construção de moradias populares, explica Fabiano.
Os atingidos pretendem manter a mobilização até que seja realizada uma reunião com a prefeitura.