Mulheres atingidas saem às ruas contra reforma da previdência
Dia Internacional de Luta das Mulheres é marcado com mobilizações em todos os rincões do país Nesta quarta-feira, 8 de março, mulheres de todo o mundo ocupam o espaço que […]
Publicado 08/03/2017
Dia Internacional de Luta das Mulheres é marcado com mobilizações em todos os rincões do país
Nesta quarta-feira, 8 de março, mulheres de todo o mundo ocupam o espaço que historicamente lhes foi negado: as ruas. Aqui no Brasil, nesse Dia Internacional de Luta das Mulheres, as mobilizações ocorrem em todos os cantos do país contra a reforma da previdência.
Apesar de afetar toda a classe trabalhadora, a Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 incidirá de maneira ainda mais incisiva na vida das mulheres. Uma das propostas do governo golpista de Michel Temer é igualar a idade de aposentadoria de trabalhadoras e trabalhadores, rurais e urbanos, para 65 anos. Dessa forma, as mulheres do campo e da cidade terão que trabalhar 10 e 5 anos a mais, respectivamente, para se aposentarem.
Essa medida desconsidera a sobrecarga de trabalho das mulheres, que gastam o dobro do tempo que os homens em serviços domésticos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), realizada em 2014, as mulheres consomem 21 horas e 12 minutos semanais nas tarefas domésticas, enquanto os homens apenas 10 horas.
Além disso, as mulheres também denunciam a sonegação de impostos de grandes empresas ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que soma R$ 426 bilhões. Somente a Vale, uma das responsáveis pelo crime ocorrido em Mariana (MG) em novembro de 2015, tem uma dívida de R$ 276 milhões com o órgão.
Junto com outras companheiras que integram a Frente Brasil Popular, as atingidas por barragens realizam atos no decorrer do dia em todas as regiões com atuação do Movimento dos Atingidos por Barragens.
Confira:
Pará
Em Belém, mulheres ocupam a sede do INSS para denunciar o crime da reforma da previdência do governo golpista.
Em Marabá, atingidas por barragens somam-se à luta das mulheres do campo e da cidade. A atividade faz parte da jornada nacional de lutas contra a reforma da previdência e por nenhum direito a menos.
Já em Altamira, município atingido pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, uma marcha denuncia a reforma da previdência e exige o fim da violência de gênero. Além disso, cobra o funcionamento do hospital maternidade, conforme definido pelas condicionantes da hidrelétrica.
Tocantins
Em Palmas, após marchar pela cidade, as mulheres ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa de Tocantins para protestarem contra a reforma da previdência.
Ceará
Em Fortaleza, mulheres do campo e da cidade tomam as ruas da capital denunciando as medidas tomadas pelo governo golpista de Michel Temer, contra a reforma da previdência e por nenhum direito a menos.
Paraná
Aproximadamente 1.500 pessoas se reuniram na praça Santos Andrade, no centro de Curitiba (PR), no ato unificado das mulheres contra a reforma da previdência.
Santa Catarina
Em Chapecó (SC), mulheres e homens marcham contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo não eleito de Michel Temer. Por Nenhum Direito a Menos! é o lema das ruas nessa Jornada Nacional de Lutas do 8 de março. O MAB também denuncia o descaso da Usina Hidrelétrica São Roque com as populações afetadas.
Rio Grande do Sul
Mulheres do campo e da cidade marcham pelas ruas da capital gaúcha, em Porto Alegre, contra a reforma da previdência e por nenhum direito a menos.
Em Erechim, cerca de 500 mulheres de todas as regiões do estado realizaram ato público na Praça da Bandeira, seguido de uma caminhada pela avenida e ruas da cidade com paradas no Banco do Brasil e INSS. O ato tratou da Reforma da Previdência e seus efeitos para a classe trabalhadora, principalmente para as mulheres.
As mobilizações foram organizadas pela Frente Brasil Popular, com a presença de organizações como o Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato doas Trabalhadores da Agricultura Familiar-SUTRAF, Movimento doas Atingidos por Barragens (MAB), Sindicato da Alimentação, entre professores e estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul.
Minas Gerais
Cerca de 800 mulheres de organizações como a Federação dos Trabalhadores Rurais (FETRAF), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Levante Popular da Juventude (LPJ), Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento dos Atingidos por Barragens e vários outros movimentos sindicalistas estão reunidas desde terça-feira (7) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para discutirem os impactos da reforma da previdência da vida das mulheres.
Nesta terça-feira (8), cerca de 1.000 mulheres ocuparam a sede do Instituto Nacional de Seguridade Social, na capital mineira. O Abraço à previdência simboliza a luta das mulheres brasileiras contra a reforma da aposentadoria, proposta pelo presidente golpista Michel Temer.
Rio de Janeiro
Na manhã deste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e de outros movimentos e organizações sociais cariocas fazem um ato em frente à sede da empresa Vale, na Rua Almirante Guilhem, 378, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.
São Paulo
Atingidas por barragens se somaram ao ato unificado das mulheres na Praça da Sé, em São Paulo, contra a reforma da previdência.