Christian Aid visita região do Tapajós
A entidade de cooperação Christian Aid esteve durante esta semana em Itaituba, Tapajós (PA), para ver de perto o trabalho que o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem desenvolvendo […]
Publicado 21/02/2016
A entidade de cooperação Christian Aid esteve durante esta semana em Itaituba, Tapajós (PA), para ver de perto o trabalho que o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem desenvolvendo na região. A entidade apoia o trabalho feito pelo Movimento para o empoderamento das mulheres ameaçadas pela construção do Complexo Tapajós em parceria com a União Europeia.
Estiveram na visita Paulo Barasioli, diretor da entidade no Brasil, e Maica Frieyro, chefe de financiamento de Programas da América Latina e Caribe. Eles visitaram as comunidades Pimental, ameaçada pela barragem de São Luiz, e Campo Verde (Km 30), impactada pelos portos em construção para o escoamento da soja do Mato Grosso e duas aldeias indígenas.
Na primeira etapa do projeto apoiado pela Christian Aid e União Europeia, o Movimento fez oficinas de direitos humanos com as mulheres nas comunidades. Este tema foi trabalhado com a construção de arpilleras, técnica de costura em juta com retalhos. Essa técnica, oriunda do Chile, foi apropriada pelas mulheres do MAB em todo o Brasil para expressar a violação de direitos humanos na construção das barragens.
Esse trabalho do MAB trouxe muitas informações para nós. Agora não temos mais vergonha de dizer que somos contra a barragem. Esses encontros melhoraram muito nosso jeito de falar, de pensar, afirmou Teilva, da comunidade Pimental.
Também visitaram as aldeias Praia do Índio e do Mangue, na cidade de Itaituba, ambas do povo Munduruku. Na ocasião, as mulheres da Aldeia do Mangue presentearam a entidade com uma das arpilleras feitas por elas na oficina. Também fez parte da programação da visita uma reunião com entidades parceiras do MAB, como os sindicatos dos professores e dos trabalhadores rurais.
Saí com uma ideia mais clara do trabalho do MAB e do reconhecimento das comunidades deste trabalho, afirmou Maica.