Atingidos de Cachoeira Escura saem às ruas por direito à água
Na última quinta-feira, 28 de janeiro, moradores de Cachoeira Escura, distrito de Belo Oriente (MG), saíram às ruas para reivindicar o direito de acesso à água. Desde a contaminação do […]
Publicado 01/02/2016
Na última quinta-feira, 28 de janeiro, moradores de Cachoeira Escura, distrito de Belo Oriente (MG), saíram às ruas para reivindicar o direito de acesso à água. Desde a contaminação do Rio Doce pela lama de rejeito da mineração, vinda do rompimento da barragem da Samarco (Vale/BHP), a população não tem acesso digno à água.
Os atingidos exigem a retomada da distribuição de água mineral, a ampliação da entrega de água nas caixas dágua, principalmente de escolas e postos de saúde, a construção de um meio alternativo de captação, retirando água do rio Santo Antônio, e a melhoria da estação de tratamento do distrito.
No dia 23 de Dezembro a empresa suspendeu a entrega de água mineral aos moradores alegando que já havia reestabelecido o tratamento, mas os relatos e fotos mostram que a água que chega na torneira é barrenta e imprópria para o uso.
Além da luta pela água, os atingidos reclamam pelos direitos de pescadores e agricultores que não foram cadastrados para receber a verba de manutenção. E exigem que a empresa faça o cadastro de forma participativa e organizada pelos atingidos.
Para Camilla Brito, militante do MAB, os atingidos e as atingidas aqui de Cachoeira Escura entenderam que nossa organização é nossa força e por isso estão dispostos a construir o MAB e enfrentar as empresas que violaram seus direitos.