Por “Minha Casa, Minha Vida”, movimentos de moradia acampam na Praça da Sé
A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta pelo Direito à Cidade e à Moradia, que ocorre em 16 de estados; Uma reunião com o ministro da Secretaria de […]
Publicado 07/10/2015
A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta pelo Direito à Cidade e à Moradia, que ocorre em 16 de estados; Uma reunião com o ministro da Secretaria de Governo está marcada para negociações
Do Brasil de Fato
Movimentos populares por moradia promovem um acampamento em frente à Caixa Econômica Federal, na Praça da Sé, centro de São Paulo, como parte Jornada Nacional de Luta pelo Direito à Moradia e à Cidade. Cerca de 300 pessoas estão acampadas desde a segunda-feira (5) e pretendem permanecer no local até uma sinalização positiva do governo federal para o atendimento de suas reivindicações.
De acordo com Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP), já está agendada para a quarta-feira (7) uma reunião dos movimentos com o ministro da nova Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
A pauta que vamos levar é a da Jornada de Luta, de editar uma medida provisória para concretizar o Minha Casa Minha Vida 3 (MCMV 3), que é a nossa principal pauta. Que o governo recomponha os R$ 5 bilhões cortados da área habitacional no orçamento, e que retire uma medida provisória recente sobre a venda das terras da União, para que estas terras não sejam alienadas, mas revertidas para moradia popular, explicou Bonfim.
Ele ainda afirmou que há uma dificuldade de encontrar no governo os responsáveis por dialogar com os movimentos, por conta da mudança ministerial e em função do ajuste fiscal.
A negociação com o governo não tem sido fácil nesse contexto de ajuste fiscal. Mas a nossa pauta é justa e há muitas famílias mobilizadas para garantir a moradia. O sonho da casa própria, da moradia, é um investimento em habitação, que gera um retorno para a criação de empregos, que no momento de crise é muito importante. A nossa defesa é que o ajuste econômico não recaia sobre os trabalhadores., disse.
Jornada Nacional
O acampamento na capital paulista se soma aos protestos realizados em mais de 16 estados, no Dia Mundial dos Sem-Teto e do Habitat, 5 de outubro, quando ocorreram marchas, ocupações em superintendências da Caixa Econômica, como em Goiânia (GO), Salvador (BA), Teresina (PI), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS). Além de ações no prédio do Ministério da Fazenda, em Recife (PE), e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), no Rio de Janeiro (RJ).
Além do direito à moradia e à cidade, a jornada de lutas também pede reforma urbana e o cumprimento da função social da propriedade, como parte de uma campanha nacional sobre o tema.
Promovem a Jornada de Lutas a Central dos Movimentos Populares (CMP), a Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM), o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), o Movimento de Luta dos Bairros e Favelas (MLB), a União Nacional por Moradia Popular (UNMP) e o Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU).