O poço de Visconde e o petróleo brasileiro
Esta adaptação em quadrinhos da obra de Lobato traz uma perspectiva das influências e disputas envolvidas no petróleo brasileiro. por Guilherme Weimann e Vitor Teixeira, do Brasil de Fato Dois […]
Publicado 05/10/2015
Esta adaptação em quadrinhos da obra de Lobato traz uma perspectiva das influências e disputas envolvidas no petróleo brasileiro.
por Guilherme Weimann e Vitor Teixeira, do Brasil de Fato
Dois anos antes da descoberta do ouro negro no bairro de Lobato, em Salvador (BA), o criador do Sítio do Picapau Amarelo reuniu a astúcia de uma boneca de pano, o quixotismo de um sabugo falante e o espírito aventureiro de Pedrinho para furar o primeiro poço de petróleo do Brasil.
Na prosa ficcional O poço de Visconde, lançada em 1937, o escritor nacionalista Monteiro Lobato se utilizou do carisma de seus personagens para propagar a tese sobre a existência de grandes reservas de petróleo no país, até então desconhecidas.
Na trama, Visconde descobre um antigo livro de geologia perdido na biblioteca de Dona Benta e inicia aulas para toda a turma do sítio com base na formação rochosa e as possibilidades de extração do produto em território nacional.
Todavia, na véspera do primeiro jorro de hidrocarbonetos Pedrinho convida um tipo estranho para contribuir na perfuração da terra. How are you?, perguntou Mister Kalamazoo ao chegar à fazenda de Taubaté.
Logo de cara, Visconde desconfiou da intenção do norte-americano. Não sei se esse homem merece confiança, Emília. Pode ser um daqueles que não querem que o Brasil tenham petróleo, ou um sabotador, afirmou o Sabugo.
Desde então, a figura dos gringos nunca mais saiu da cena nacional. Esta adaptação em quadrinhos da obra de Lobato traz uma perspectiva das influências e disputas envolvidas no petróleo brasileiro. Afinal, quem atualmente cumpre o papel de Mister Kalamazoo? E, principalmente, quem facilita sua entrada nestas terras tupiniquins?