Movimentos populares vão às ruas neste sábado
A mobilização acontece em diversas regiões do Brasil, quando milhares saem às ruas em defesa da Petrobras, da democracia e contra o ajuste fiscal. da Página do MST A Frente Brasil […]
Publicado 29/09/2015
A mobilização acontece em diversas regiões do Brasil, quando milhares saem às ruas em defesa da Petrobras, da democracia e contra o ajuste fiscal.
da Página do MST
A Frente Brasil Popular, uma articulação entre diversos movimentos populares, estudantis, centrais sindicais e intelectuais, promete levar milhares de pessoas às ruas no próximo sábado (3).
A mobilização acontecerá em diversas regiões do Brasil, e os movimentos aproveitam o 62° aniversário da Petrobras para realizar um ato em defesa da estatal, da democracia, e colocarem seu posicionamento contra o ajuste fiscal apresentado pelo governo federal (Clique aqui para ler o manifesto).
Segundo as organizações, é central que a população ocupe as ruas no atual momento político e econômico que o país tem vivido, com avanços de pautas conservadoras que atigem diretamente os direitos a vida do povo brasileiro (Veja o evento no Facebook).
Uma delas é a própria defesa da Petrobras, que segundo as organizações, está sobre risco. Eles alertam para os interesses de parlamentares, de países e de empresas que querem se apoderar do pré-sal derrubando o modelo de partilha, como o Projeto de Lei 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB/SP), que pretende tirar da Petrobras a função de operadora única do pré-sal e acabar com sua participação mínima de 30% nos campos licitados.
Os movimentos reforçam que o petróleo e o pré-sal são riquezas que devem servir para melhorar a vida da classe trabalhadora, como os royalties para a educação e a saúde que podem ajudar na melhoria das escolas públicas, no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outros programas sociais.
Os movimentos populares também fazem uma dura crítica ao ajuste fiscal do governo federal, que transfere o pagamento da crise econômica aos trabalhadores, enquanto alivia a conta a ser paga pela parcela mais rica da população.
A política de corte de gastos públicos de R$ 70 bilhões, por exemplo, atingiu principalmente os ministérios da Saúde, Educação, Cidades e Transportes, enquanto que aos empresários foi feita uma transferência, na forma de desonerações, de mais de R$ 100 bilhões (2,1% do PIB). Ao rentistas, foram pagos mais de R$ 300 bilhões (6,1% do PIB).
Como resposta a essa política, eles apontam a taxação das grandes fortunas, das grandes heranças e o combate à sonegação para superar desigualdades sociais e a crise econômica.
Nas ruas do país, os movimentos reforçam também a defesa da democracia participativa e se colocam contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, proposto por setores conservadores, que segundo manifesto elaborado pelas entidades, deveriam cobrar, de fato, o combate à corrupção com reforma do sistema político e o fim do financiamento empresarial de campanha eleitoral.
Frente Brasil Popular
Lançada em 6/9, em Belo Horizonte, a Frente Brasil Popular agrega centrais sindicais, movimentos sociais, populares do campo, da cidade e movimentos estudantis, com o objetivo de unificar os diversos movimentos em defesa dos direitos da classe trabalhadora. É organizada em todos os estados brasileiros.