Governo anuncia plano de construção de hidrelétricas até 2024
O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta (16) o Plano Decenal de Energia (PDE 2024), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O documento ficará em consulta pública […]
Publicado 17/09/2015
O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta (16) o Plano Decenal de Energia (PDE 2024), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O documento ficará em consulta pública até 07 de outubro.
O documento com 466 páginas apresenta os principais planos de expansão em energia elétrica, petróleo e gás e agrocombustíveis.
Os investimentos previstos são de R$ 1,407 bilhões, sendo 70,6% em Petróleo e Gás (R$ 993 bi), 26,7% em Energia Elétrica (R$376 bi), e 2,6% em agrocombustíveis.
Na energia elétrica, a capacidade instalada atual é de 133.000 MW, sendo 71% de matriz hídrica (95.000 MW). A previsão é chegar ao ano 2.024 com 207.000 MW de potência instalada, ou seja, um acréscimo de 55%.
Dos 74.000 MW que serão construídos, cerca de 30.000 MW virão de fonte hídrica, 19.000 de eólica, 11.400 de térmica, e os demais é solar e biomassa.
Na geração de energia elétrica, estimam-se investimentos necessários de R$ 268 bilhões, com prioridade para hidrelétricas (R$ 73 bi), termoelétricas (R$ 40 bi) e as chamadas renováveis (eólicas, solar, biomassa e PCHs) com R$ 155 bi previstos.
Em hidrelétricas, o plano apresenta lista com 38 usinas, sendo que 22 deverão ser concluídas até 2.024 e outras 16 estão com estudos de viabilidade na ANEEL aguardando aprovação. A distribuição está concentrada, principalmente, no PA, MT, PR e RS/SC.
Em relação às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), serão cerca de 3.000 MW, que aparecem em torno de 50 usinas, principalmente MG, GO, PR, SC, RS e RJ. Também deve se levar em conta, que há diversas usinas em estudos que tendem a aparecer à medida que os levantamentos forem sendo finalizados.
O plano estima que 38 mil pessoas sejam atingidas pelas hidrelétricas. No entanto, somente a usina de Belo Monte sozinha, já ultrapassou este número, demonstrando que os dados apresentados pelo governo não são reais.
Sobre as áreas de terras que serão atingidas, o plano indica que cerca de 410.000 hectares de terras serão alagados por hidrelétricas e PCHs e outros 340.000 serão ocupados por cerca de 480 parques eólicos, principalmente nos estados do nordeste.
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