Movimentos sociais dão o recado: a única saída do governo é à esquerda!
Milhares de pessoas saem às ruas de todo o Brasil em defesa da democracia, mas rechaçam propostas de austeridade do governo federal Desde o início da manhã desta quinta-feira […]
Publicado 21/08/2015
Milhares de pessoas saem às ruas de todo o Brasil em defesa da democracia, mas rechaçam propostas de austeridade do governo federal
Desde o início da manhã desta quinta-feira (20), milhares de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras para defender a democracia no país, em contraponto às últimas manifestações que, por exemplo, clamavam pela volta da ditadura militar e pelo impedimento do mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Todavia, os atos não pouparam críticas às propostas de austeridade do governo federal. Os movimentos sindicais e populares afirmaram que não aceitarão o ajuste fiscal, a Agenda Brasil, ou qualquer retirada de direitos. Também foram enfáticos em afirmar que não aceitarão a guinada conservadora, comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
A pauta dos movimentos ficaram explícitas em praticamente todas as simbologias: os pobres não aceitarão pagar a crise dos ricos. Presente no ato que reúne até o momento mais de 70 mil pessoas em São Paulo, o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Moisés Borges, afirmou que o foco das manifestações é a defesa da classe trabalhadora.
A defesa da democracia brasileira não se limita ao combate desse movimento golpista, mas também ao enfrentamento das tentativas de entreguismo da Petrobrás, ao ajuste fiscal, e à retirada de direitos dos trabalhadores. O governo precisa entender que a única saída viável é à esquerda, alertou.
A luta em defesa do petróleo brasileiro também foi apontada como pauta central para o futuro do país. O PLS 131, de autoria do senador José Serra, pretende retirar a obrigatoriedade da Petrobras se manter como operadora única do pré-sal.
Se provados as últimas estimativas divulgadas, o Brasil passa ao segundo lugar no ranking dos países com maior reserva de petróleo do mundo. Sabemos que interesses internacionais, aliados com essa burguesia nacional entreguista, estão se articulando para tomar essa riqueza, afirmou.
Os militantes do MAB se somaram às manifestações em 10 capitais e continuarão mobilizados no próximo período contra os aumentos das tarifas de energia elétrica, decorrente da especulação das empresas do setor, pela reivindicação história da criação de uma política de direitos aos atingidos por barragens e por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.